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Descoberta em Macau a partir de orquídea também pode ajudar no tratamento de cancro

Uma equipa da Universidade de Macau está a realizar uma investigação pioneira a partir de uma orquídea com previsível impacto na regeneração de tecido ósseo e em futuros tratamentos do cancro.

“Há um caminho longo a percorrer”, mas duas das aplicações médicas da descoberta podem passar pela “regeneração de tecido e imunoterapia para tratamento do cancro”, sublinhou o professor Wang Chunming em declarações à Lusa.

A 17 de abril, a Universidade de Macau tinha anunciado que a equipa liderada por Wang era “a primeira no mundo a desenvolver com sucesso um novo tipo de substituto de tecido baseado em fatores bioativos isolados de uma erva medicinal chinesa”, a ‘Bletilla Striata’, espécie de orquídea do Sudeste Asiático.

A equipa concluiu testes de laboratório e explora agora a possibilidade de avançar com estudos pré-clínicos em colaboração com médicos, depois de a pesquisa, que durou cinco anos, ter sido publicada em revistas internacionais da especialidade.

“Muitos acidentes podem causar fraturas nos nossos ósseos e cartilagens, danos que muito dificilmente podem ser curados pelo próprio organismo, por isso queremos fornecer este tipo de polissacarídeos nas partes danificadas para curar o corpo”, explicou o professor, doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.

“Este é um tipo de aplicação (…). No nosso processo inicial [de estudo] da interação entre estas moléculas e as nossas células imunitárias também descobrimos que estes podem ativar as células imunitárias para um estado que pode ser benéfico para o tratamento o cancro”, adiantou.

Durante a investigação, Wang disse ter sido percebido que “as moléculas de açúcar podem ativar o corpo e curar, seja um osso ou pele danificada, pelo poder das [células] macrófagos”.

“Nós concebemos este tipo de ‘açucares’ e acreditamos que no futuro podem ser utilizados através da aplicação de diferentes tipos de membranas, películas e géis (…) no tecido danificado ou usados como hospedeiro, como um veículo, como um carro para distribuir células vivas no corpo”, sustentou.

Os investigadores, ressalvou o professor, são químicos e não botânicos, mas ainda assim apostaram na análise de 21 tipos de ervas medicinais chinesas e acabaram por encontrar um tipo de polissacarídeos bioativos capaz de estimular o crescimento de células pela ativação de citocinas, que são proteínas produzidas pelas células.

Lusa

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