Economia

Descida do défice para 0,5 por cento é “resultado histórico e virtuoso”, diz Costa

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje a descida do défice para 0,5 por cento um “resultado histórico e virtuoso” que, defendeu, “não resulta do corte na despesa nem do aumento dos impostos”, mas de uma “política que devolveu confiança”.

“Portugal reduziu o défice para 0,5 e a dívida para 121,5. Um resultado histórico e virtuoso, que não resulta do corte na despesa nem do aumento dos impostos, mas do crescimento da economia, do emprego e da recuperação da credibilidade internacional que reduz a despesa com a dívida”, escreveu António Costa numa mensagem na rede social Twitter.

Segundo Costa, “esta redução resulta de uma política que devolveu confiança, através da melhoria do rendimento das famílias e o apoio ao investimento das empresas”.

“Agora estamos mais bem preparados para a conjuntura internacional e para continuar a reforçar o investimento público”, assinala.

O défice orçamental de 2018 ficou nos 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 0,6 por cento previstos pelo Governo, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Segundo a primeira notificação de 2018 relativa ao Procedimento por Défices Excessivos, remetida hoje pelo INE ao Eurostat, o défice das Administrações Públicas atingiu 912,8 milhões de euros, o que correspondeu a 0,5 por cento do PIB, abaixo do saldo negativo de 3 por cento registado em 2017.

“O défice das Administrações Públicas (AP) situou-se em 0,5 por cento do PIB no ano acabado no 4.º trimestre de 2018, que compara com uma necessidade de financiamento de 0,2 por cento do PIB no trimestre anterior. Este agravamento da necessidade de financiamento resultou da variação positiva de 2,4 por cento na despesa total e de 1,7 por cento na receita total das AP”, explica o INE.

O valor anunciado pelo INE fica abaixo do previsto pelo Governo. Em 06 de fevereiro, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse no parlamento que o défice orçamental de 2018 ficaria próximo de 0,6 por cento do PIB.

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