O desastre aéreo de hoje no Paquistão, perto de Islamabad, que provocou a morte a 127 pessoas que seguiam a bordo do avião, volta a levantar questões sobre a segurança das companhias aéreas paquistanesas. Desta vez, foi um Boeing 737, que partiu de Carachi e caiu no momento da aterragem. A Bhoja Air encerrara por motivos financeiros, mas voltou a voar.

Um avião que transportava até 127 pessoas caiu em uma área residencial perto do aeroporto internacional de Islamabad. No final de um voo que partira de Carachi para Islamabad, o aparelho despenhou-se, em virtude do mau tempo.

As equipas de emergência estão no local do acidente e está confirmado que não há sobreviventes. O avião – um Boeing 737, que transportava 118 passageiros e nove elementos da tripulação – fazia a aproximação à pista do aeroporto, quando o acidente ocorreu.

A queda do avião, numa aldeia de Hussain Abad, foi seguida de uma explosão, com partes do aparelho da Bhoja Air espalhadas por uma área de terreno muito ampla, o que deixa perceber a violência do embate no solo.

Uma vez que o avião se despenhou perto de uma zona residencial, surgem dúvidas sobre eventuais vítimas que não seguissem no avião. Há relatos de cadáveres espalhados por campos, perto da aldeia do Paquistão, alguns desmembrados.

As equipas de resgate estão a proceder à recolha dos corpos, para posterior identificação. A chuva e a lama estão a dificultar as missões. Um oficial da polícia, Fazle Akbar, que se encontra no local do acidente, revelou à agência AFP que o avião estava “totalmente destruído”, sendo que “só por milagre seriam encontrados sobreviventes”.

O avião da Bhoja Air partiu de Carachi às 17h00 horas locais e estava previsto que aterrasse às 18h30. O mau tempo estará na origem do acidente, mas as investigações acabam de começar e só após as mesmas será determinada a causa deste acidente aéreo. As questões de segurança das companhias aéreas do Paquistão voltam à atualidade, pelos piores motivos.

A Bhoja Air é uma pequena companhia aérea comercial paquistanesa, com 10 anos de vida, que entretanto foi encerrada, devido a dificuldades financeiras. Recentemente, voltou à atividade, o que suscita dúvidas sobre as condições dos seus aparelhos.

A indústria aérea do Paquistão está em crescimento, mas os padrões de segurança não seguem a mesma tendência, pelo que os acidentes com aviões se repetem. Em julho de 2011, recorde-se, um A321 caiu, nas mesmas circunstâncias: no momento da aterragem, em Islamabad, num acidente que matou as 152 pessoas que seguiam a bordo.