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Desaparecido há 30 anos, recupera a memória e reencontra a família

A história do canadiano Edgar Latulip é impressionante. Perdeu a memória em 1986 e perdeu, também, o contacto com a família, em Kitchener, Ontario. Em 2014, a mãe revelou que já perdera a esperança de encontrar o filho. Mas a memória voltou, Edgar lembrou-se do nome e pediu ajuda. A família encontrou-o.

Edgar começou a recuperar a memória em janeiro passado e imediatamente procurou ajuda. E 30 anos depois, será entregue à família, que não tinha esperanças em rever este ente querido. O canadiano estava desaparecido desde 1986.

Edgar Latulip foi visto pela última vez há 30 anos, em Kitchener. Saiu de casa sem medicação, depois de uma tentativa de suicídio. Contava então 21 anos de idade.

Vítima de alguns problemas de saúde, entre os quais défice de desenvolvimento, Edgar apresentava a faculdade mental de uma criança. A polícia fez buscas e nunca encontrou o jovem.

Sylvia Wilson, a mãe de Edgar, dissera há pouco mais de um ano que já não tinha esperança de rever o filho.

Depois de se magoar na cabeça, perdeu a memória. Ao longo destes anos, nunca se restabeleceu, até que no início do ano começou a recuperar, de forma lenta.

“Em janeiro, Edgar começou a recuperar parte da memória e entrou com contato com uma assistente social e pediu ajuda. Depois, essa assistente fez uma pesquisa na Internet que a levou a acreditar que poderia haver uma ligação a algum desaparecimento”, contou Philip Gavin, em declarações à CTV News.

A única informação de que dispunha era o nome do homem. E verificou que havia uma pessoa com aquele nome, na lista de desaparecidos.

Na passada quinta-feira, o canadiano viu confirmada a sua identidade, depois de ser sujeito a um exame de ADN.

O curioso é que Edgar Latulip sempre morou perto da sua família. E vai voltar a ver os familiares, no ponto final de um caso que nunca deixou de cativar o interesse da comunicação social.

Recentemente, a mãe de Edgar confessou que perdera todas as esperanças de voltar a encontrar o filho.

“Quando ele desapareceu, fiquei extremamente doente e tiver de me afastar de tudo. Entrei em stress e quase tive um colapso. Nem conseguia trabalhar”, contou a mãe, numa entrevista concedida em 2014.

Apesar de ter um final feliz, esta história ainda vai provocar dor à família. O reencontro com uma pessoa querida, tanto tempo depois, não é simples.

A polícia lidou com este caso de forma desapaixonada. E como se esperava nenhum caso está encerrado até ser esclarecido. E por isso as autoridades nunca perdem a esperança.

“Nós sabíamos que ele teria de estar em algum lugar. Como investigadores, ficamos felizes com este desfecho. Na maioria de casos de desaparecimentos, o final da história é triste. E só se pode esperar o pior quando uma pessoa está 30 anos desaparecida. Felizmente, há exceções”, conta o agente Duane Gingerich.

O seu nome e a sua história ainda constam da página de desaparecidos.

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