A média de desaparecimentos de crianças ou adolescentes em Portugal atinge 2000 casos por ano, de acordo com dados divulgados hoje pelo Jornal de Notícias, na sua edição de hoje. A maioria são histórias com final feliz, mas em tempo de crise aumenta o fenómeno do tráfico humano.
São cerca de cinco desaparecimentos por dia reportados à polícia, ao que corresponde um total anual de 2000 mil casos. A maioria são jovens ou crianças que acabam por ser encontrados e regressam a casa, mas muitos destes desaparecimentos são irreversíveis, sem rasto.
Em causa são descuidos, raptos, ou mesmo fugas de crianças e adolescentes. A Associação Portuguesa das Crianças Desaparecidas realça que as dificuldades económicas das famílias poderá aumentar os casos de tráfico de menores, fenómeno que tende a reforçar-se em cenários de crise.
Estima-se que esta atividade de raptos movimente mais de 12 milhões de euros todos os anos, em todo o mundo. Os casos mais mediáticos, em Portugal, são do jovem Rui Pedro, de Lousada, e a menina britânica que desapareceu no Algarve, em 2007.
Desde o ano de 1990, continuam por encontrar 13 menores de idade, que desapareceram em Portugal. Curiosamente, esta notícia é conhecida no dia em que o Tribunal da Relação do Porto se pronuncia sobre o recurso interposto pelo Ministério Público e pela família de Rui Pedro, que contesta a absolvição de Afonso Dias, suspeito do caso de rapto. E é conhecida também no dia em que é conhecido mais um caso de avistamento de Maddie.