O presidente do Sporting garante que “houve incidentes muito graves”, a seguir ao encontro entre Benfica e Sporting. Terão ocorrido “em frente aos balneários” e têm como protagonista “o presidente do Benfica”. O assunto está a merecer a análise da direção leonina, que irá apresentar uma participação à Liga.
Godinho Lopes – que lamentou todos os incidentes relativos ao incêndio do Estádio da Luz, onde não marcou presença por motivos de saúde – garante que o Sporting “tem a gravação de tudo o que aconteceu”. A ligação entre os clubes “não está em causa”, ao contrário do que sucede com o presidente do Benfica, “uma vez que o que sucedeu foi muito grave.
“Somos contra o que aconteceu no final do jogo. O incêndio, na zona onde estavam adeptos do Sporting, não tem nada que ver com desporto”, referiu ainda Godinho Lopes, que prometeu “colaborar” em todas as diligências: “É um processo-crime e o Sporting pretende ver apurada toda a verdade”.
O presidente da direção do Sporting surgiu hoje num ato público, precisamente ao lado do vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão, uma figura central neste diferendo que separa leões e águias.
Hoje, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, condenou as palavras de Pereira Cristóvão – acusara o Benfica de não saber receber os adversários – e criticou Godinho Lopes por não se demarcar dessas palavras. As relações entre leões e águias, até agora consideradas cordiais e de amizade, podem ser “revistas”, segundo admite o presidente encarnado.
Este Benfica-Sporting fora das quatro linhas ocorreu no dia em que o Benfica abriu as portas do Estádio da Luz aos jornalistas, para exibir os estragos resultantes do incêndio provocado pelos adeptos do Sporting, após o dérbi entre as duas equipas, que acabou com triunfo encarnado por 1-0.
Os jornalistas puderam verificar no local algumas dezenas de cadeiras queimadas, visita que decorreu antes de Jorge Jesus orientar o treino da equipa de futebol e da inspeção aos estragos, a cargo de quatro entidades: LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, polícia, bombeiros e Liga de Clubes.
Este incidente gerou uma troca de comunicados, com o Sporting a lamentar a falta de condições que o Benfica proporcionou aos adeptos leoninos e o Benfica. O presidente do Sporting, Godinho Lopes, afirmou que o clube de Alvalade “não se revê em atos de vandalismo”, demarcando-se do comportamento dos adeptos incendiários.
No seu comunicado, o Benfica defende que “não se verificaram incidentes antes e durante o jogo”, sendo que “as ações violentas” apenas sucederam “depois do final do encontro e das declarações de Paulo Pereira Cristóvão”. Os encarnados tentam culpar o vice-presidente leonino da atitude dos adeptos do Sporting.
Incêndio provocado pelos adeptos
O incêndio deu-se após o final da partida entre Sporting e Benfica, que os encarnados venceram por 1-0. Como medida de precaução, os adeptos visitantes ficaram retidos no espaço que lhes foi reservado para assistirem ao jogo.
Nenhuma imagem disponível demonstra o início do incêndio, nem os seus autores, mas a Polícia Judiciária poderá determinar quem (e de que forma) provocou as chamas no Estádio da Luz. Trata-se de fogo posto, que deverá ter sido alimentado pela utilização de material inflamável, em virtude da dimensão das chamas e da curta localização da área ardida.
Além das cadeiras incendiadas, também a cobertura do Estádio da Luz terá sido afetada, em virtude do calor emanado pelo fogo. Segundo avança o Público, os danos poderão superar o meio milhão de euros, valor que é por regulamento pago pelo clube a quem os adeptos pertencem. Neste caso, o Sporting.
Mas o pagamento das despesas provocadas no Estádio da Luz não será a única fatura a pagar pelos leões, já que o regulamento da Liga de Clubes prevê também uma multa, entre 250 e 2500 euros, por comportamento incorreto dos adeptos. A reincidência pode determinar a coima máxima.
Os adeptos do Sporting terão agido em protesto, por terem perdido grande parte do primeiro tempo, em virtude da revista que a Polícia de Segurança Pública efetuou. Também a polémica durante a semana, com declarações ‘incendiárias, poderá ter funcionado como incentivo a um caso de violência pouco visto.
No entanto, as palavras de protesto dos dirigentes leoninos continuam, mesmo após o jogo. O presidente Godinho Lopes criticou as condições em que colocaram os adeptos, enquanto Paulo Pereira Cristóvão, dirigente do Sporting, acusa o Benfica de não saber receber, falando em “condições pré-históricas”.
O candidato derrotado nas últimas eleições, Bruno de Carvalho, revelou ainda que os adeptos foram tratados “como gado”, relatando episódios como “crianças espezinhadas” e dificuldades em “respirar”, devido à ação da polícia, que deixou a multidão sem espaço. Bruno de Carvalho lamenta ainda as “bastonadas” dos agentes.
Neste momento, decorrem diversos inquéritos, relativamente à ação policial e ao comportamento dos adeptos do Sporting no interior do estádio. A PJ procedeu a três detenções, mas devido à posse de material pirotécnico, ainda antes do início do dérbi.
Entretanto, começam a ser publicados na Internet diversos vídeos, um dos quais com imagens captadas a partir do sistema de videovigilância do Estádio da Luz, no momento em que os adeptos leoninos abandonam a bancada e em que os bombeiros apagam as chamas.
Veja as imagens do interior do estádio
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