Os deputados do CDS e do PSD que contestaram o Orçamento, sobretudo pelo “enorme aumento de impostos”, foram hoje desafiados pelo ministro das Finanças a arranjarem fontes de receita alternativas. Vítor Gaspar pediu soluções entre 500 milhões a 1000 milhões de euros.

Vários deputados do CDS já se insurgiram publicamente contra a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2013, enquanto alguns parlamentares do PSD têm sido mais discretos na manifestação de reservas. Para garantir que os dois partidos do Governo aprovam o documento em Assembleia da República, o ministro das Finanças reuniu-se com os grupos parlamentares para explicar os pontos mais criticados, em especial o “enorme aumento de impostos”.

Só que Vítor Gaspar, que esteve acompanhado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, preferiu ‘jogar ao ataque’, desafiando os deputados que criticaram as medidas a apresentarem alternativas. Na reunião desta manhã, o ministro das Finanças insistiu que “esta proposta para 2013 é a única possível” e que não resta “qualquer margem de manobra”, mas declarou estar disposto a analisar soluções propostas pelos deputados.

Isto significa que os parlamentares do CDS e do PSD foram confrontados com a necessidade de reduzirem a despesa do Estado num valor entre 500 milhões a 1000 milhões de euros, de forma a que o Ministério das Finanças pudesse mitigar o aumento da carga fiscal. No final da reunião, Miguel Relvas prestou declarações sem revelar qualquer novidade da reunião, sublinhando apenas a abertura do Governo para o debate com os parlamentares.

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