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“Deputados não têm coragem de enfrentar as pessoas” no caso do financiamento dos partidos, diz Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite criticou os deputados por “não assumirem aquilo que votaram”, referindo-se à lei de financiamento dos partidos. “É bizarro”, frisou: “É um sintoma de que são eles próprios que não têm coragem para enfrentar as pessoas”.

A polémica lei de financiamento dos partidos, que “ainda está para durar”, tornou bem visível a “alergia” que grassa na sociedade contra os partidos.

“Só o facto de se falar em partidos, em deputados, de se pensar que poderá haver algum benefício para políticos faz com que haja uma reação quase epidémica por parte da população”.

Numa “leitura negativa” do caso, Manuela Ferreira Leite salientou que “causa impressão a ideia de que se aprovou uma lei para passar despercebida e ninguém ligar ao assunto”.

“É um sintoma de que são eles próprios que não têm coragem para enfrentar as pessoas relativamente aos problemas que se põem aos partidos”.

“Os próprios partidos fazem o jogo da desaprovação do comportamento da classe política”, insistiu: “As pessoas só encobrem o que estão a fazer se estão com alguma consciência pesada e tentam que não se saiba”.

“Acho que toda a gente está consciente” dessa “alergia” aos partidos e são “os próprios deputados, ou por falta de jeito, pouca sensatez ou por medo, que não assumem, claramente, quais é que são os aspectos que têm de ser mudados e darem a cara por isso”.

“O facto dos próprios deputados e os próprios partidos não assumirem aquilo que votaram é absolutamente bizarro”.

“Não há democracia sem partidos”, lembrou a comentadora da TVI24: “No outro dia, ouvi um ouvinte que se referia aos deputados como ‘os nojentos’. A verdade é que se falou nesses termos, isto significa alguma coisa. Se são nojentos digam qual é a alternativa”.

Para Manuela Ferreira Leite, “a grande polémica é a questão do IVA”.

“Houve a ideia de se especificar bem as condições em que se devia pagar ou não o IVA”, argumentou a ex-ministra, deixando bem claro o que pensa sobre isso: “Não estou de acordo que, por se tratar de um partido, não pague o IVA”.

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