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Deputados do CDS-PP consideram “inaceitável” posição de Gaspar sobre Orçamento de Estado

vitor gaspar2A intransigência de Vítor Gaspar sobre o Orçamento deixou os deputados do CDS-PP inconformados. Segundo a TSF, os centristas consideram “inaceitável” que o ministro das Finanças não mostre abertura para mudar a proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano.

A afirmação do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, sobre a inexistência de margem de manobra para mudar a proposta de Orçamento deixou os deputados do CDS indignados e marcou a reunião entre Vítor Gaspar e os deputados centristas.

No encontro de hoje entre os membros que deputados do CDS-PP e o titular da pasta das Finanças, os centristas consideraram, segundo a TSF, que aquele membro do Governo está excessivamente preocupado com o prestígio de Portugal além-fronteiras e com a capacidade de cumprir as metas do défice.

A TSF cita uma fonte da bancada do CDS, que revela àquela rádio que o ministro está “obcecado” a proposta de Orçamento de Estado que apresentou.

Subsistem fortes divergências no seio da maioria, que não foram superadas neste encontro de hoje. À saída do encontro, nenhuma das partes prestou declarações, mas não há dúvidas de que o CDS-PP não concorda com alguns pontos da proposta de Orçamento e pretendia abertura para negociar as medidas.

Vítor Gaspar está a provocar inconformismo nos deputados centristas, que não toleram a afirmação de que não há margem de manobra para mudar a proposta, de acordo com a afirmação do ministro das Finanças, na segunda-feira, aquando da apresentação do documento.

Ainda não é conhecida a posição oficial do CDS sobre a proposta de Vítor Gaspar, mas a cada dia que passa tornam-se mais evidentes os sinais de rutura, apesar do esforço em evitar uma crise no seio do Governo.

Os primeiros sinais de mal-estar na coligação surgiram com uma opinião divulgada no Facebook, por parte do porta-voz do CDS, o deputado João Almeida, que considera que qualquer proposta de Vítor Gaspar “tem margem de manobra”, ao contrário do que defendeu o ministro. “Negá-lo é negar o fundamento do parlamentarismo e do sistema democrático”, acrescentou ainda o deputado centrista.

João Almeida é um dos elementos da comissão de Orçamento e Finanças, o que dá relevância ao contexto de diferendo que a proposta de Orçamento de Estado para 2013 surge. Vítor Gaspar não dá sinais de abertura e o CDS fica numa posição mais difícil, já que defendeu que o limite da carga fiscal já tinha sido atingido.

Adolfo Mesquita Nunes foi igualmente direto na sua posição: “Não esperem que aceite que este Orçamento do Estado é, tal como está, inalterável. E terei oportunidade de o dizer diretamente ao ministro das Finanças”.

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