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Deputado Ricardo Rodrigues ‘escapa’ até dia 26 à sentença por furto de gravadores

ricardo_rodriguesRicardo Rodrigues, o deputado do PS que furtou os gravadores de dois jornalistas em serviço, continua sem conhecer a sentença do processo judicial em que é arguido, depois do tribunal ter adiado a leitura da sentença, sem justificação, para dia 26.

Haverá castigo para Ricardo Rodrigues? O deputado do PS iria conhecer hoje a sentença do processo judicial em que é pronunciado pela prática do crime de atentado à liberdade de Imprensa, depois de, em abril de 2010, ter furtado os gravadores de dois jornalistas da revista Sábado, mas a leitura foi adiada para dia 26. Contudo, os Juízes Criminais de Lisboa não apresentaram justificação para este adiamento.

Não cumprindo a ética republicana inerente ao cargo de deputado, Ricardo Rodrigues abandonou uma entrevista a meio, depois de confrontado com um alegado envolvimento num escândalo de pedofilia nos Açores. Surpreendidos pelo abandono, os jornalistas Fernando Esteves e Maria Henriques Espada não se aperceberam no imediato que o político havia furtado os gravadores que registavam a conversa. Como a entrevista também estava a ser filmada, o furto perpetrado pelo deputado não passou despercebido.

No processo, o Ministério Público considerou que Ricardo Rodrigues cometeu o crime de que vinha acusado na forma tentada, pedindo uma pena de multa. Em defesa, o deputado socialista justificou o furto como sendo “o único meio de prova eficaz” no sentido de comprovar uma alegada tentativa dos dois jornalistas em “denegir a sua imagem pública”.

O furto não impediu Ricardo Rodrigues de, posteriormente, ser nomeado para o Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, nem de integrar, na presente legislatura, a Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, embora na condição de suplente.

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