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Deputado João Almeida, do CDS, não explica porque não aplaudiu de pé Passos Coelho

ar 1A intervenção do primeiro-ministro na Assembleia da República mereceu um aplauso de pé de todos os deputados do PSD e do CDS, que compõem a maioria. Os deputados João Almeida, Michael Seufert, Adolfo Mesquita Nunes, Vera Rodrigues e Isabel Galriça Neto foram a exceção que confirmou a regra. João Almeida, que é também porta-voz do CDS, não explicou essa atitude, que revela instabilidade na maioria. 

Enquanto as bancadas da maioria se levantavam numa ovação a Pedro Passos Coelho, alguns deputados do CDS-PP permaneceram sentados, postura que foi notada. Confrontado com a sua opção por ignorar o sonoro e vertical aplauso ao primeiro-ministro, o deputado centrista João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS, preferiu não tecer comentários.

João Almeida, que é também porta-voz do CDS, optou por não comentar o significado dessa atitude, durante o debate das moções de censura que PCP e Bloco de Esquerda apresentaram contra o Governo. A moção de censura acabou por ser chumbada, com os votos contra dos deputados centristas e sociais-democratas, a abstenção do PS e os votos a favor do Bloco, PCP e Os Verdes.

A agência Lusa questionou o deputado João Almeida, que preferiu não prestar esclarecimentos sobre eventuais discordâncias de políticas por parte do CDS. Recorde-se que o partido de Paulo Portas é contra a subida de impostos, não aceitou a medida da Taxa Social Única e pressionou o Governo a recuar.

Pedro Passos Coelho recuou, mas apresentou um aumento de impostos como alternativa, em sede de IRS. O CDS prefere esperar pela conclusão do Orçamento de Estado para tecer considerações sobre as políticas fiscais do executivo, mas há sinais de discordância, manifestados por dúvidas levantadas e por atitudes como a de João Almeida, hoje, no Parlamento.

Além de João Almeida, também os deputado do CDS Michael Seufert, Adolfo Mesquita Nunes, Vera Rodrigues e Isabel Galriça Neto permaneceram sentados, no aplauso de pé ao primeiro-ministro. São sinais de divergência no Governo, cada vez mais indisfarçáveis.

José Manuel Rodrigues, deputado do CDS-PP eleito pela Madeira também não aplaudiu, mas por questões já conhecidas: vai abandonar o Parlamento.

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