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Depressão sinónimo de iluminação

Hoje pelo final do dia caminhava com uma querida amiga, onde trocamos algumas experiências de vida… Ela destacava o facto de em tempos ter perdido o prazer de saborear os alimentos, assim como de ter perdido o interesse de se divertir junto de alguns amigos… resumindo a vida e os seus prazeres tinham deixado de lhe provocar alegria e satisfação. Concluiu que estava com uma depressão… Rapidamente reflecti aquilo que há muito observo, depressão é sinónimo de libertação. Também eu tenho fases na vida em que tudo que vem do exterior perde sabor e sim é assustador. Sinto-me ingrata por estar a desprezar aquilo que a vida terrena me proporciona e cria-se uma dualidade, pressiono-me para resgatar o sabor dos prazeres externos e ao mesmo tempo trabalho a força contrária que vem do interior. Como nada é por acaso e o que sinto deve ser analisado com sabedoria não descanso enquanto não percebo o porquê de me sentir assim… Para mais uma vez vos poder descrever aquilo que é comum a muitos e de alguma forma ajudar-vos, assim como o faço também comigo, a encontrar um caminho para a estabilização da Paz.

Se aquela ida à praia deixou de ser apetecível, os suculentos alimentos perderam o sabor, aquela paisagem deslumbrante reflectiu um vazio, a saída divertida com os amigos não preencheu… Socialmente são sinais de que estamos depressivos. Quantos de vocês desabafam com familiares e amigos esta condição que se encontram e têm a resposta de que precisam de consultar um médico para que vos ajude a voltar a ter alegria de viver? Está tudo bem se com essa acção não vos encharcarem de químicos, que sem dúvida vão dar um ajuda temporária, porque irão estimular os circuitos cerebrais e restaurar os défices que estão a provocar o desânimo. Mas na verdade estão a camuflar aquilo que aqui estamos a trabalhar, o resgate  da força interior que naturalmente vive em nós.

Se tudo é energia e esta só é verdadeiramente sentida e não absorvida pelos sentidos é natural que no decorrer da nossa evolução se vá perdendo a sensibilidade dos comandos físicos para que estejamos mais subtis a sentir as frequências emitidas. Por isso deixarmos de sentir prazeres do que nos é exterior. Na minha experiência e respectiva observação constato que nas fases em que nada me preenche é hora de me abrir para o Mundo Interior, apreciando somente a vibração com todos os sentidos aniquilados. Porque neste momento, mesmo que procure apreciar uma bela paisagem, o meu olhar não vai ter a capacidade de se regalar, mesmo uma ida à praia não vai ter sabor, porque é hora de parar e dar vida à Alma e não ao físico.

São fases perfeitamente naturais da nossa evolução e não estamos doentes. É só Deus a preparar-nos para a União. Na hora da partida não levamos alimentos, nem paisagens, nem praia, nem campo, nem música, nem televisão, nem dinheiro, nem amigos, nem família… Enquanto aqui estivermos temos tudo isto, corremos atrás e está tudo bem, somos humanos e devemos usufruir desta condição. Mas quando algo nos entristece por não termos uma destas ou várias destas comodidades devemos perceber que estamos só a ser preparados para a vida Eterna onde não há lugar à matéria.

Em Amor continuamos…

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