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A depressão pode ser combatida com cogumelos mágicos, conclui estudo

A depressão pode ser combatida com uma substância alucinogénia presente nos cogumelos, conclui um estudo realizado no Imperial College de Londres. A pesquisa, que contou com um grupo de voluntários que sofriam de depressão, concluiu que a psilocibina se mostrou eficaz, mesmo em pessoas com dificuldades em combater o problema.

Um estudo realizado por investigadores britânicos concluiu que a psilocibina – componente que provoca alucinações e que pode ser encontrada nos chamados “cogumelos mágicos” – é eficaz no controlo da depressão.

Os autores da pesquisa recorreram a 12 voluntários, com um histórico de depressão, sendo que nove apresentavam quadro de depressão aguda e os restantes tinham quadros menos graves da doença.

Os pacientes tinham um ponto em comum: tentaram diversos tratamentos para o problema, mas nenhum deles se revelara eficaz. Um dos voluntários procurara 11 formas de combater a depressão e não obtivera sucesso.

Para realizar o estudo, os investigadores começaram por ministrar doses baixas de psilocibina. Depois, aumentaram a dosagem, dando vários cogumelos, numa experiência que durou cerca de seis horas (com o ponto alto duas horas depois de começar).

Além daquela substância, os voluntários receberam apoio psicológico e foram colocados num cenário de tranquilidade, com música clássica.

Com este tratamento, e usando os cogumelos, oito dos pacientes deixaram de apresentar um quadro depressivo.

“Estas experiências com a psilocibina podem ser incrivelmente profundas. Por vezes as pessoas têm o que descrevem como experiências místicas ou espirituais”, explica um dos autores do estudo, Robin Carhart-Harris, citado pela BBC.

Os efeitos secundários da depressão foram avaliados, durante a experiência, com análise a níveis de ansiedade, náuseas ou dores de cabeça. E uma semana mais tarde os voluntários a ser avaliados, apresentando uma redução destes sintomas.

De acordo com Robin Carhart-Harris, são necessários “testes mais amplos”, para “compreender se os efeitos de curto prazo podem ser transformados em benefícios no longo prazo”.

David Nutt, coautor do estudo do Imperial College, destacou que as pessoas que sofrem de depressão, graças à psicilobina, apresentaram grandes alterações positivas, como se aquela substância presente nos cogumelos funcionasse como “um lubrificante da mente” – capaz de interferir com os recetores do cérebro que estão ligados ao hormónio do humor.

Resta aprofundar o estudo e aumentar o número de voluntários, para confirmar estes resultados.

Robin Carhart-Harris não quer garantir, para já, que esta é a “cura para a depressão”. Só depois de testes mais profundos os investigadores britânicos poderão avançar com conclusões mais vincadas.

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