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Depósitos sob reserva do banco central angolano sobem após três meses de quedas

O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos sob reserva do Banco Nacional de Angola (BNA) aumentou quase 1 por cento entre julho e agosto, após três quebras mensais consecutivas.

Segundo dados preliminares do BNA sobre o panorama monetário angolano, compilados pela agência Lusa, estas reservas obrigatórias aumentaram em agosto para 1,095 biliões de kwanzas (3.359 milhões de euros).

Trata-se de uma quebra de 1,8 por cento face a junho, mês em que estas reservas já tinham caído cerca de 3 por cento, face ao anterior.

Em causa nestes dados estava a obrigatoriedade de os quase 30 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do BNA, que fixou taxas de 15 por cento do total em moeda estrangeira e 30 por cento em moeda nacional.

Em maio, o banco central voltou a reduzir o coeficiente das Reservas Obrigatórias, em moeda nacional, de 21 por cento para 19 por cento.

Na denominada “reserva bancária” contavam-se no final de agosto de 2018 depósitos obrigatórios em moeda estrangeira no valor de 113.244 milhões de kwanzas (347 milhões de euros) e em moeda nacional de 565.816 milhões de kwanzas (1.735 milhões de euros), além de 416.701 milhões de kwanzas (1.278 milhões de euros) na categoria de depósitos excedentários.

Os depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos tinham renovado em abril o valor mais alto do histórico disponibilizado pelo BNA, ao atingirem o pico de 1,170 biliões de kwanzas (3.589 milhões de euros).

Em dezembro de 2017, o volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira cifrava-se em 1,090 biliões de kwanzas (5.850 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de dezembro, anterior à depreciação do kwanza, que já soma mais de 42 por cento desde o início deste ano).

Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflete ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.

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