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Denúncias levam duas ministras japonesas a pedir a demissão

shinzo abe As ministras da Economia e da Justiça foram envolvidas num alegado caso de corrupção e apresentaram a demissão. Uma delas fora nomeada em setembro. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aceitou os pedidos para tentar travar a queda de popularidade do Governo.

Em poucas horas, o Japão perdeu duas ministras. Yuko Obuchi deixou a pasta da Economia, Comércio e Indústria, enquanto Midori Matsushima sai da Justiça.

O motivo é o mesmo: ambas eram visadas nas denúncias de irregularidades que têm agitado o Japão nos últimos dias.

No caso de Yuko Obuchi, refira-se que apenas aqueceu a cadeira por breves semanas, pois fora nomeada em setembro, quando o primeiro-ministro, Shinzo Abe, fez uma reforma do executivo.

Obuchi é suspeita de ter utilizado ilegalmente fundos e doações do Partido Liberal Democrata (PLD), manifestando-se inocente.

“Tenho consciência do sério impacto que causei. Renunciando ao cargo, terei mais tempo para juntar provas e poder apresentar explicações”, justificou-se a agora ex-ministra da Economia.

“Peço desculpa também por não ter contribuído para os objetivos chave do governo, nomeadamente a recuperação económica e uma sociedade onde as mulheres possam brilhar”, acrescentou.

Para alguns analistas, foi a principal baixa causada pelas denúncias de irregularidades. Vários analistas apontavam já Yuko Obuchi como a favorita de Shinzo Abe e do PLD para liderar o próximo Governo.

Midori Matsushima, que era a ministra da Justiça, demitiu-se depois de notícias sobre uma alegada violação da lei eleitoral, nomeadamente com a distribuição de panfletos de propaganda durante um festival.

“Tudo o que eu desejo é que o Governo de Shinzo Abe possa com as suas políticas trazer mais benefícios para os cidadãos e as empresas”, afirmou a ex-governante, ao anunciar publicamente a demissão.

Shinzo Abe terá aceitado as duas demissões sem colocar qualquer entrave, garante o The Japan Times. Para o jornal, o primeiro-ministro olhou apenas para a acentuada queda de popularidade do executivo.

Refira-se que não é a primeira vez que um ministro da equipa de Shinzo Abe é referido em casos polémicos. Para além das três demissões, o Governo de 2006 e 2007 ficou marcado pelo suicídio de um ministro.

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