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“Demissão do diretor-geral diminuiu e desmascarou a ministra da Justiça”

Paula Teixeira da Cruz, antiga ministra da Justiça e que foi vice-presidente do PSD, defendeu a resignação da atual ministra, Francisca Van Dunem.

Em causa está a polémica dos dados falsos do procurador José Guerra, no âmbito do processo de nomeação do procurador europeu.

Num artigo de opinião, a ex-deputada do PSD acusou Van Dunem de estar a tentar “desvalorizar” o caso, como ao defender que foram “lapsos sem relevância” cometidos “pelos serviços” do Ministério da Justiça (MJ).

Por se tratar da nomeação do procurador europeu, é impossível que a documentação tenha sido enviada “sem o conhecimento da ministra”, no entender de Paula Teixeira da Cruz.

“Nenhum documento desta importância e com aquele intuito poderia deixar de passar pelo gabinete ministerial. A escolha de um procurador europeu é assunto demasiado grave para se cingir aos serviços. Se a senhora ministra não efetiva a análise deste tipo de documentos, pergunto-me o que fará”, argumentou a ex-ministra.

No texto, publicado pelo jornal Público, a antiga vice-presidente do PSD considerou que Francisca Van Dunem tem procurado abrigo na demissão do diretor-geral da Política de Justiça, quando devia era resignar.

“Nem a demissão do diretor-geral da Política de Justiça exonera a ministra de responsabilidades, ao contrário: aquele diminuiu-a e desmascarou-a, em termos inusitados pela sua crueza”, argumentou.

“É óbvio que o diretor-geral não teve responsabilidade, ao contrário da ministra”, finalizou Paula Teixeira da Cruz.

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