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Demência não é retratada em Portugal apesar dos 160 mil casos, referem os especialistas

idososQuantas pessoas sofrem de demência em Portugal? As estimativas apontam para cerca de 160 mil, na grande maioria acima dos 60 anos e com Alzheimer, mas esse é apenas um dos problemas: não há dados concretos sobre estas doenças mentais , referem os especialistas.

O Alzheimer é a doença do foro neurológico que prevalece nos cerca de 160 mil portugueses, a maior parte dos quais com mais de 60 anos, que padecem destas doenças. Os números não passam de estimativas, pois em Portugal não existem dados epidemiológicos sobre demências, como adiantou à Lusa o coordenador do Programa Nacional de Saúde Mental, Álvaro de Carvalho.

A estimativa de haver cerca de 160 mil portugueses com demência é baseada nos estudos internacionais, com predominância nos realizados em países europeus e que já colocaram no terreno planos de intervenção: algo que também falta em Portugal.

Hoje, os especialistas reuniram-se em Lisboa para estudar um plano nacional para os problemas demenciais. São doenças para as quais ainda não há tratamento farmacológico, mas cujo desenvolvimento pode ser controlado a par de um apoio às famílias e aos cuidadores, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.

Do encontro saiu a decisão de, primeiro, caraterizar a situação das doenças demenciais em Portugal e as necessidades dos pacientes. Esse estudo, a ser realizado pela Direção-Geral da Saúde e pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, está orçamentado em cerca de 80 mil euros, mas o financiamento terá de ser autorizado pelo Ministério das Finanças.

Joël Ménard, presidente do Conselho Científico Internacional da Fundação para a Doença de Alzheimer, salientou a importância de Portugal ter um plano específico pelo menos para esta doença. “Mesmo que os problemas sejam comuns aos vários países, as soluções não o são. Cada país deve ter o seu”, justificou.

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