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Deixe o Facebook durante uns tempos. Quando regressar, sentir-se-á mais feliz

Planeie as suas férias, mas no Facebook. De acordo com um estudo realizado em Copenhaga, na Dinamarca, deixar a rede social durante uns tempos traz diversos benefícios. Em suma, aumenta a felicidade. Quer melhor argumento?

Um investigador dinamarquês, Morten Tromholt, fez uma associação entre o uso recorrente do Facebook e um aumento da infelicidade, da frustração e do bem-estar dos utilizadores. Assim recomenda umas férias da rede social.

Segundo dados de 2016, cerca de mil milhões de pessoas utilizam, todos os dias, a maior rede social do mundo.

Este dado aumenta o interesse do estudo de Morten Tromholt, investigador da Universidade de Copenhaga, que associa a utilização da rede social a diversos sentimentos negativos, como a tristeza.

Para realizar este trabalho, Tromholt recorreu a uma investigação com 1095 pessoas, que foram divididas em dois grupos, sendo que um deles tirou umas férias de Facebook: durante uma semana, não visitou a rede social.

Depois, fez um questionário para avaliar os níveis de satisfação com a vida, uma análise às suas emoções, concluindo que quem permaneceu ligado mostrava-se mais infeliz, frustrado, aborrecido, ou stressado.

As conclusões do estudo não são surpreendentes e vão de encontro a outras teses que associam o recurso a redes sociais com sentimentos negativos.

Em casos extremos, o Facebook pode provocar depressões, ou outros danos mentais, segundo adianta Paula Emerick, psicóloga e fundadora da Solace Institute.

“A maioria das publicações aborda o lado positivo da vida, as viagens, as conquistas, a ligação com grupos de amigos. Há quem observe essas publicações como a felicidade permanente. É normal que se estabeleça uma comparação com a nossa vida, que é necessariamente diferente. Esta realidade acarreta danos psicológicos”, assinala, em declarações à Globo.

Ainda segundo o estudo dinamarquês, a esmagadora maioria dos participantes que ficaram desligados das redes sociais (88 por cento) revelou que se sentia mais feliz. Já 84 por cento disse que estava bem com a vida.

No grupo das pessoas que mantiveram o uso, essas percentagens eram inferiores: 81 e 75 por cento, respetivamente.

Numa análise mais detalhada aos sentimentos negativos, há um dado curioso: 25 por cento dessas pessoas tristes relataram que se sentiam mais sozinhas.

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