Défice português atinge 8,6 por cento do PIB, em 2010, longe dos compromissos assumidos pelo Governo. Estes dados, a somar aos cortes sucessivos de rating, que já afetam mais bancos, fazem soar o alarme.
Em janeiro, José Sócrates garantira que o défice de 2010 ficaria abaixo das previsões e compromissos de Portugal nas instituições europeias. Porém, os mais recentes números do Instituto Nacional de Estatística contrariam o primeiro-ministro demissionário.
Esses dados revelam que as metas do Governo estão longe de ser cumpridas, com um défice a bater nos 8,6 por cento do PIB, muito acima das previsões do executivo de Sócrates, que não superavam os 7,3 por cento.
A justificar esta diferença entre as perspetivas do Governo e a realidade está uma despesa de 3000 milhões de euros, justificados com a nacionalização do BPN e a ‘reclassificação’ de empresas públicas da área dos transportes.
Se estes 3000 milhões de euros tivessem ficado nos cofres do Estado, o Governo teria conseguido superar a fasquia dos 7,3 por cento do Produto Interno Bruto, conseguindo um défice na ordem dos 6,8 pontos percentuais.
Assim, a ajuda externa é uma realidade cada vez mais provável, ainda que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tenha revelado que “um Governo demissionário não tem legitimidade para fazer um pedido” de socorro ao FMI.
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