Portugal não conseguirá atingir as metas do défice de 2012, sem que o Governo de Passos Coelho adote novas medidas de austeridade. A ideia parte da unidade técnica do parlamento, que presta apoio ao Governo nas matérias orçamentais.
O défice, na primeira metade do ano, atingiu os 6,9 por cento, o que representa uma diminuição de um por cento, em comparação com 7,6 pontos percentuais que se registaram entre janeiro e março de 2012. no entanto, esta redução é insuficiente.
Nesse sentido, só com novas medidas de austeridade o executivo de Passos Coelho poderá encontrar receita para atingir as metas de 4,5 por cento, acordadas com a troika, no memorando de entendimento.
Apesar do esforço de contenção de despesa, o desvio do défice “Nem tudo aconteceu como se esperava”, reconhece Passos Coelho, que aponta “novos desafios para o Governo”.
É certo que Portugal não irá atingir as metas do défice, até porque, por regra, a despesa do Estado no segundo semestre do ano é sempre superior às do primeiro semestre. Nesse sentido, terá de ser feito um esforço adicional para que estes números negativos (6,9 por cento) pelo menos não sejam agravados.