Nas Notícias

Debate quinzenal: Louçã acusa Passos Coelho de descontrolo orçamental

francisco_louca1O líder do Bloco de Esquerda acusou hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de falta de controlo sobre as despesas do Orçamento de Estado. Durante o debate quinzenal no Parlamento, Francisco Louçã censurou ainda as “políticas destrutivas” do governo que “estão a provocar o colapso” da economia.

“O senhor fala-nos de consolidação, levanta-se enérgico e diz que agora começámos a corrigir, mas porquê um buraco gigantesco que tem nas contas públicas? O senhor aumentou a dívida para aumentar o défice, aumentou o desemprego para aumentar a dívida”, afirmou Louçã durante a sua intervenção no Parlamento.

Em resposta, Passos Coelho justificou o nível da dívida e o descontrolo da despesa públicas com a política de “anos e anos de défices sucessivos que geram mais dívida aos portugueses e impossibilita os bancos de obter financiamento mais favorável”.

O chefe de Estado foi ainda mais longe, afirmando que a política de austeridade e consolidação orçamental seria sempre necessária “qualquer que fosse o contexto europeu, mais favorável ou mais incerto”, tendo em conta “o nível de insustentabilidade bem referenciado no nível de dívida pública e no descontrolo das contas públicas” com que o governo se deparou quando tomou posse. “Isso não é asneira, é bom senso. Em Portugal e em qualquer país”, reforçou Passos Coelho.

Francisco Louçã retorquiu que o problema de Portugal e da Europa não é a falta de regras, mas a obsessão “destrutiva” dos seus dirigentes políticos pela austeridade, começando pelo chefe de estado português. “Faltam dois mil milhões de euros e chama-lhe consolidação, ou seja, cumprir estas regras significou asneiras, e é por isso que pergunto se a asneira deve continuar como regra para destruir a Europa e Portugal?”, acusou o líder bloquista.

Como resposta, o primeiro-ministro mostrou-se empenhado em defender as políticas de austeridade que considera serem condição essencial para pagar os salários, as pensões e “manter o Estado Social que o povo merece”.

Em destaque

Subir