Nas Notícias

David Cameron não se arrepende do referendo sobre o ‘Brexit’ mas pensa nas consequências

O antigo primeiro-ministro britânico David Cameron assegurou hoje que não se arrepende de ter organizado o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), mas admitiu que pensa “todos os dias” nas suas consequências.

“Penso nisso todos os dias […]. Estou desesperadamente inquieto com o que o futuro reserva”, afirmou Cameron, em declarações ao jornal The Times, vincando que não se arrepende da decisão.

No referendo, 52 por cento dos eleitores britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia, enquanto 48 por cento opuseram-se.

A menos de dois meses do prazo (31 de outubro) para esta saída, a questão continua a dividir o Reino Unido.

“Organizar um referendo não foi uma decisão que tomei de ânimo leve”, notou o antigo político, embora tenha ressalvando que sofreu uma grande pressão política.

Ao The Times, David Cameron disse ainda que algumas pessoas não o vão perdoar, mas vincou que “as que queriam sair da União Europeia estão felizes” pela promessa feita e mantida.

Na sequência do resultado do referendo, David Cameron demitiu-se, tendo sido, posteriormente, substituído por Theresa May, que também abandonou o cargo após ver o seu acordo com a UE ser chumbado várias vezes.

Seguiu-se Boris Johnson e com ele a probabilidade de uma saída da União Europeia sem acordo.

O parlamento britânico está suspenso desde a semana passada e até 14 de outubro, após o Governo britânico ter recebido “luz verde” da rainha Isabel II com o objetivo de apresentar uma nova agenda legislativa nacional para a renovação do país após o Brexit, tal como invocou o primeiro-ministro.

Em destaque

Subir