Carlos Sousa está fora do Rali Dakar ao cabo de apenas dois dias de prova. Uma consequência dos problemas de turbocompressor no seu Haval sofridos no início da segunda etapa. Problema que reteve o piloto português e o seu navegador, Miguel Ramalho, e que levaria à sua exclusão do evento.
“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para cumprir integralmente o percurso, só que revelou-se impossível a zona de dunas nos 30 quilómetros finais. Sem o auxílio do turbo o carro não tinha potência suficiente para progredir na areia e nem com a ajuda do nosso camião de assistência conseguimos superar este último obstáculo”, explica Carlos Sousa.
“Face a isto tomamos a única decisão possível, abandonando a pista e seguindo até ao ‘bivouac’ por um caminho alternativo. Com isso falhamos vários pontos de passagem e a organização acabou por excluir-nos da prova”, prossegue frustrado o piloto de Almada.
“Acho que é uma decisão demasiado radical, que contraria aquilo que é o espírito do Dakar. Se abandonamos a pista foi porque esgotamos todas as alternativas para chegar ao fim pelos nossos meios. Aceitaria toda e qualquer penalização, mas gostaria de ter continuado em prova. É um esforço inglório após tantas horas de esforço”, desabafa Carlos Sousa.
O piloto português conheceu apenas a sua segunda desistência na prova após 15 participações, tendo a primeira sido em 2000. Uma edição em que também venceu a primeira etapa, mas onde não teria hipóteses de um bom resultado final como sucede atualmente numa equipa de fábrica.
