Entre a informação disponível, encontram-se nome, morada, profissão, número de contribuinte e número de conta bancária. Para já, Polícia Judiciária ainda não iniciou qualquer investigação, mas a preocupação por parte dos juízes começa a aumentar.

Dados de um total de 25 árbitros de futebol foram divulgados na Internet no passado dia 17 de março. Entre a informação disponível destaca-se nome, morada, profissão, número de contribuinte e até o NIB da conta bancária. Não se sabe para já com que intuito, nem tão pouco qualquer informação de quem o fez. O site utilizado é anónimo e está ligada a algumas organizações famosas, como o Wikileaks.

No topo dos perfis mais vistos está Bruno Paixão, o juiz de Setúbal que dirigiu o Gil Vicente-Sporting na segunda-feira passada e que foi no final bastante criticado pelos leões. No total, quase duas mil pessoas já acederam aos seus dados pessoais. Entre os preferidos, seguem-se Pedro Proença e Artur Soares Dias, precisamente o árbitro do clássico Benfica-FC Porto desta terça-feira, a contar para a Taça da Liga, que terminou com a vitória das águias por 3-2.

Para já, a Polícia Judiciária ainda não abriu qualquer investigação quando à forma como os dados foram roubados e publicados. O autor, esse, está e deverá continuar a estar completamente anónimo.

Em declarações à Antena 1, os juízes contactados mostram-se tranquilos quanto a esta invasão de privacidade, mas acreditam que as autoridades estão atentas. “Não me sinto ameaçado, mas uma investigação deve ser iniciada”, refere Artur Soares Dias. Já Vasco Moreira dos Santos, acha que esta informação que foi agora tornada pública não vai interferir com o trabalho de nenhum árbitro: “Estamos sempre ameaçados”, sublinha.

O site onde os dados foram publicados permite ainda a partilha da informação nas redes sociais e foram já algumas centenas que o fizeram, contribuindo assim para que a mesma se espalhe rapidamente pela Internet.