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Dados das caixas negras do avião da Ethiopian Airlines já estão em França

Os registos das caixas negras do avião da Ethiopian Airlines, que caiu no domingo e causou 157 mortos, já estão em França, mas não há uma previsão sobre a duração da sua análise, declarou hoje um responsável do BEA.

Um funcionário do Escritório de Investigação e Análise para a Segurança da Aviação Civil de França (BEA, sigla em francês) disse à agência de notícias Associated Press (AP) que os dados das duas caixas negras do Boeing 737 MAX 8 já chegaram a França, sem adiantar um prazo para a duração da sua análise.

O BEA tem experiência com acidentes aéreos globais e a sua perícia é frequentemente solicitada sempre que um avião da Airbus tem algum acidente, isso porque este fabricante aeronáutico está sediado em França.

A Ethiopian Airlines confirmou igualmente que uma delegação etíope liderada pelo seu departamento de investigação de acidentes enviou os dados de voo e dos gravadores de voz da cabine para Paris.

Mais de 40 países, incluindo os Estados Unidos, estão a deixar em terra os aviões Boeing 737 Max 8, após o segundo acidente fatal envolvendo o modelo nos últimos meses.

A companhia aeronáutica norte-americana Boeing anunciou na quarta-feira que continua a ter “total confiança na segurança dos 737 MAX”, mas que as autoridades dos Estados Unidos lhe “recomendaram” a suspensão temporária de toda a frota desses aparelhos.

Segundo um comunicado da empresa com sede em Chicago, no Estado norte-americano do Illinois, a decisão de suspender os voos dos 737 MAX foi tomada depois de consultar a Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) e a Associação Nacional de Segurança nos Transportes.

A Boeing acrescentou que esta é uma medida “de precaução, para tranquilizar todos os passageiros sobre a segurança da aeronave”.

O comunicado da empresa foi divulgado minutos após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a suspensão dos voos dos modelos 737 MAX 8 e 9.

Após o acidente, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) proibiu na terça-feira o modelo 737 MAX 8 de operar no continente europeu, juntando-se a 20 países e 30 companhias aéreas de todo o mundo que suspenderam os voos com esses aparelhos.

Outros países suspenderam os voos do modelo em seus espaços aéreos e muitas companhias aéreas estão a deixar os aparelhos em terra.

A queda deste avião no domingo, que saiu de Adis Abeba com destino a Nairobi, ocorreu depois de, em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, da companhia Lion Air, se ter despenhado na Indonésia, 12 minutos após a descolagem, segundo uma das caixas negras devido a falha no sistema automático, causando 189 mortos.

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