Apresentações/Novidades

Dacia Duster ganha nova vida com ‘pulmão’ a gasolina

Ao lançar o novo Duster com uma nova motorização a gasolina da Renault concebida em conjunto com a Daimler-Benz, a Dacia deu um claro sinal de que procura uma nova vida para o seu SUV.

Depois da renovação da gama, em novembro de 2017, impunha-se que alinhasse o modelo por das mais recentes propostas para o segmento, recorrendo a um propulsor Tce de 130 cv comum a propostas já comercializadas pela Mercedes, Renault e Nissan.

Fotos: Ricardo Cachadinha

Agora pudemos conhecer em pormenor o SUV fabricado na Roménia animado com este propulsor, que na variante Especial Adventure nos presenteia com alguns ‘mimos’ menos habituais numa marca como a Dacia.

Sabendo nós que o Duster é o segundo modelo mais vendido da marca – e percebemos bem porquê – queríamos perceber se esta proposta se enquadrava naquilo que o potencial cliente pretende deste automóvel, sobretudo na variante 4×2 (que é o caso), que é taxada como Classe 1.

O argumento principal deste Dacia até pode ser o que está sob o capot, mas o que está por fora também conta, com uma imagem enriquecida com o vistual ‘Pack Look’, que tem por base o equipamento Prestige, onde se incluem as jantes de 17 polegadas, o ar condicionado automático, o ecrã tátil de sete polegadas ou os estofos e tapetes específicos a negro e vermelho.

A qualidade de construção percebida a bordo é maior relativamente ao que já viramos na marca. Melhores materiais, ainda que o plástico mais duro ainda exista, mas há uma maior preocupação com a agradabilidade ao toque, a ergonomia e o posicionamento dos vários comandos. O ecrã tátil merecerá menos aplausos nesse aspeto, mas revela-se bastante completo, ainda que bastante simples.

Tratando-se de um Duster com motor a gasolina procuramos perceber o seu impacto no habitáculo, que se revela à altura das expetativas. Não produz muito rumor e vibração, apesar de se tratar de um bloco quatro cilindros de 1332 cc, que mercê do seu sistema de sobrealimentação permite retirar os tais 130 cv às 5000 rpm.

Este propulsor revela-se bastante elástico, sendo que a caixa manual de seis velocidades se revele adequada a explorar as suas características, com a direção a acompanhar as rodas dianteiras, as mesmas em que atua a transmissão. Torna este Duster ‘despachado’ ainda com as devidas expetativas, pois necessita de dez segundos para ir de 0 a 100 km/h.

As ligações ao solo são uma espécie de compromisso. Nem são demasiado macias a pensar numa condução fora de estrada, nem muito duras, pois o todo-o-terreno não é bem a vocação deste SUV, cuja velocidade máxima se situa pouco acima dos 190 km/h.

Este Duster TCe 130 tem uma vocação eminentemente familiar, pois para além ser pensado para uma utilização quotidiana em percursos mistos, permite ter consumos médio honestos – pouco acima dos 7 litros aos 100 quilómetros – com um andamento regrado, embora seja fácil chegar ao valor dos 8 litros a cada 100 km.

Optar por este Dacia resume-se essencialmente a uma questão; É mesmo disto que precisa? Se pretende um SUV com mais alguma genica a um preço acessível – 19.530 euros – percebe-se. Se quer algo mais diríamos que não.

 

Em destaque

Subir