Os números, revelados na véspera do Dia Mundial da Asma, não enganam. Em Portugal, metade das crianças com asma têm dificuldades em controlar a doença e acabam por faltar seis dias à escola. Os custos, só em atendimentos não programados e consultas de urgência, atingem os 40 milhões de euros.
Os dados foram apresentados pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), que apontou também o número de crianças e jovens afetados pela asma em Portugal: são cerca de 1750.
Metade destes não sabem controlar a asma e um terço das crianças chega mesmo, por uma vez, a ter de ser internada.
A doença perturba o percurso escolar: somadas as faltas provocadas pela asma são cerca de meio milhão de faltas por ano letivo.
O absentismo escolar, alertou a SPAIC, é três vezes mais elevado numa criança com asma por controlar.
Os custos também têm um valor financeiro: uma criança com asma não controlada gasta, em atendimentos não programados e consultas de urgência entre 400 a 700 euros por ano.
No cômputo geral, o impacto é de 40 milhões de euros por ano devido a crises de asma.
“A obesidade, a rinite e até a ausência de seguro ou subsistema de saúde são factores que contribuem fortemente para um pior controlo da asma”, frisou a SPAIC, no comunicado que distribuiu na véspera do Dia Mundial da Asma.
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