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Custo da dívida pública emitida até setembro em novo mínimo histórico de 1,2 por cento

O custo da dívida emitida por Portugal entre janeiro e setembro fixou-se em 1,2 por cento, um novo mínimo histórico, de acordo com o boletim mensal do IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública.

Segundo dados hoje divulgados pela entidade liderada por Cristina Casalinho, o custo médio da dívida emitida por Portugal situou-se em 1,2 por cento até setembro, abaixo dos 1,3 por cento registados até agosto, o que corresponde a um novo mínimo histórico desde, pelo menos, 2010, quando começam os registos do IGCP.

O custo da dívida pública emitida por Portugal tem vindo a descer desde 2011, quando o país pediu assistência financeira internacional. Naquele ano, o custo que Portugal pagou por emitir nova dívida atingiu o máximo histórico de 5,8 por cento.

Já entre 2017 e 2018, o custo da dívida pública portuguesa emitida passou de 2,6 por cento para 1,8 por cento.

O boletim hoje divulgado pelo IGCP refere também que a entidade concluiu, na semana passada, um pagamento antecipado do empréstimo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) a Portugal.

“O pagamento total, equivalente a dois mil milhões de euros, foi executado em 17 de outubro e representa 7,3 por cento do saldo vivo do empréstimo do FEEF a Portugal (27.328 milhões de euros)”, lê-se no documento, onde o IGCP recorda que “este reembolso corresponde a amortizações de capital que originalmente eram devidas em agosto e em dezembro de 2025”.

Em 09 de outubro, em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, tinha anunciado que o pagamento iria realizar-se entre os dias 15 e 17 deste mês.

O boletim hoje divulgado indica ainda que o saldo da dívida direta do Estado ascendeu a 246,8 mil milhões de euros no final de setembro, um aumento de 0,1 por cento face ao mês anterior.

O IGCP explica que esta variação no ‘stock’ da dívida direta do Estado deveu-se “essencialmente, ao aumento do saldo de OT [Obrigações do Tesouro], explicado pela emissão da OT 1,95 por centoJUN2029 (com o valor nominal de 698 milhões de euros) e da OT 2,25 por centoABR2034 (com o valor nominal de 475 milhões de euros)”.

A entidade indica ainda que, por outro lado, se registou uma redução do saldo de Bilhetes do Tesouro (BT), “explicada pela amortização do BT 20SET2019, no montante de 2.736 milhões de euros, que mais do que compensou os dois leilões realizados, nos montantes de 251 milhões de euros (na linha a seis meses BT 20MAR2020) e 1.004 milhões de euros (na linha a 12 meses BT 18SET2020)”.

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