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Curar homossexuais: Até Obama é contra as terapias de conversão

As ‘terapias de conversão de gays’ estão a tornar-se populares nos EUA. Mas também não faltam críticos desta ideia de ‘curar’ os homossexuais. Até o Presidente Barack Obama condenou os tratamentos psiquiátricos, tal como mais de 120 mil subscritores de uma petição online.

Nos últimos anos, as ‘terapias de conversão de gays’ tornaram-se populares entre os norte-americanos mais conservadores. Porém, o suicídio de um adolescente, no final do ano passado, abriu o debate sobre a verdadeira eficácia dos tratamentos psiquiátricos para ‘curar’ homossexuais, lésbicas e transexuais.

A polémica chegou até à Casa Branca, com o Presidente Barack Obama a opor-se, publicamente, às terapias de conversão.

“Estamos preocupados com os potenciais efeitos devastadores que pode ter nas vidas dos transsexuais, gays, lésbicas, bissexuais e em toda a comunidade jovem”, afirmou o chefe de Estado, citado pela página oficial da Casa Branca.

A mensagem assinada por Barack Obama surgiu no dia em que foi revelado que uma petição online, a exigir a proibição dos tratamentos psiquiátricos para ‘curar’ gays, recolheu mais de 120 mil assinaturas.

No país dos estados unidos, a união quanto a este tema não existe. A Califórnia e a Nova Jérsia publicaram legislação para proibir as terapias de conversão, mas o Oklahoma está a preparar uma legislação para proteger os tratamentos.

São os reflexos das divisões na sociedade civil, com especialistas de saúde mental, logo secundados pelos ativistas de direitos dos homossexuais, a alertarem para o perigo das terapias de conversão provocarem um aumento dos casos de depressão e até dos suicídios.

Porém, os grupos cristãos conservadores insistem que é possível ‘curar’ as orientações sexuais através do apoio psiquiátrico.

“Nós acreditamos que a mudança é possível. As pessoas vão para a terapia porque podem mudar, porque realmente funciona. Ajuda as pessoas a descobrir quem são autenticamente”, argumentou o terapeuta David Pickup, citado pelo The New York Times.

O debate incendiou-se desde que, no final do ano passado, foi noticiado o suicídio de Leelah Alcorn, um adolescente de 17 anos que era acompanhado por um terapeuta, a pedido dos pais, por ser transexual.

Antes de partir, Leelah Alcorn deixou uma mensagem no Tumblr: “A única forma de descansar em paz é se um dia os transexuais deixarem de ser tratados da mesma forma que eu fui”.

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