Cuidados a ter com o frio

O frio veio para ficar e as temperaturas têm deixado Portugal a ‘bater o dente’. Existem, por isso, cuidados a ter nesta altura, tendo especial atenção os grupos de risco como idosos, crianças e pessoas doentes. O INEM deixa um conjunto de conselhos para que se possa lidar com as temperaturas baixas.

O INEM revela, desde logo, que “permanecer em casa pode ser uma medida adequada a várias situações, mas também aqui poderá encontrar perigos vários que importa conhecer: muitas casas estarão frias devido à falta de energia ou pelo sistema de aquecimento não ser adequado à temperatura”.

O Instituto Nacional de Emergência Médica deixa o alerta para duas das mais frequentes situações que se verificam face ao frio.

A hipotermia acontece quando o corpo fica exposto a baixas temperaturas e perde calor mais depressa do que aquela que consegue produzir.

Neste caso, o INEM alerta que as pessoas “pode não se aperceber desta situação, não fazendo nada para a corrigir, o que pode constituir uma agravante ao permitir a evolução até um grau de hipotermia mais grave”.

Sinais de aviso – Adultos

Desde logo, “tremores, arrepios de frio e cãibras musculares, quando se tratam de situações de hipotermia ligeira, explica o INEM, destacando que poderá ocorrer “confusão, sonolência, fala mais lenta, ou mesmo perda de consciência, nas situações de hipotermia mais grave”.

Sinais de aviso – Crianças

Nas crianças, o INEM explica que os sinais de hipotermia são dados pela “pele muito vermelha e fria”, além de uma “apatia” da criança.

Nestes casos, os médicos de emergência explica que “sempre que um adulto ou uma criança apresentarem alterações do estado de consciência como sonolência, apatia ou mesmo perda da consciência” se deve ligar de imediato para o 112.

Para que uma pessoa em hipotermia se aquece é aconselhado que se a coloque num compartimento aquecido e sem correntes de ar, mantendo-a sempre com roupa seca e enrolada num cobertor, incluindo cabeça e pescoço.

Porém, “se a pessoa estiver acordada e for capaz de beber, administre bebidas quentes que podem ajudar no aumento da temperatura corporal, mas não ofereça bebidas alcoólicas”

Se a vítima estiver inconsciente, o INEM é claro no aviso: “Nunca dê nada de beber a uma vítima inconsciente”.

Sabia que pode ter queimaduras provocadas pelo frio?

Se pensa que as queimaduras são coisas do tempo quente, que se apanham normalmente nas praias e no verão, está enganado, pois existem queimaduras provocadas pelo frio.

As queimaduras pelo frio são “lesões causadas pela formação de gelo na pele e vasos sanguíneos que provocam perda de sensibilidade e alteração da cor nas zonas afetadas”.

De acordo com o INEM “estas queimaduras atingem mais frequentemente o nariz, orelhas, bochechas, queixo, dedos das mãos e dos pés e resultam da exposição ao frio intenso por períodos mais ou menos prolongados”.

Se detetar sinais de queimaduras, o INEM apela a que se procure ajuda médica.

Porém, no caso de existirem queimaduras sem sinais de hipotermia e não existir auxílio médico imediato, os procedimentos são os seguintes, de acordo com o que recomendam os médicos de emergência.

Desde logo, “vá para uma divisão aquecida logo que possível”, “submerja a área afetada em água morna – não quente (a temperatura deverá ser confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas), ou aqueça a área afetada com calor corporal”.

O INEM pede que a pele “não” seja massajada na área queimada, uma vez que “pode causar mais danos”.

Também é pedido que não se usem “compressas aquecedoras, ou fontes de calor para aquecer, uma vez que as áreas afetadas estão dormentes e poderão queimar facilmente”.

Nas recomendações que deixa, o INEM chama a atenção para o perigo de incêndio ou de intoxicação por monóxido de carbono no caso de quem tem lareiras, braseiras ou aquecedores.