Cuidados paliativos não chegam a todos que sofrem
É uma declaração delicada e até angustiante. O presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) diz que, em Portugal, se morre “mal, muitas vezes em solidão e sem compaixão ou afeto”.
“É tempo de promover uma reflexão sobre a compaixão”, disse Jorge Soares, numa iniciativa que procurou pensar a morte e sobre ‘Decidir sobre o final da vida’.
“Não se alivia o sofrimento sem empatia ou compaixão”
O líder do CNECV revelou, em declarações recolhidas pela Lusa e citadas pela Visão, que o cenário em Portugal é semelhante ao de “muitos países desenvolvidos”, onde se morre “mal, sem afeto e compaixão”.
Jorge Soares lembrou ainda que “não se alivia o sofrimento sem empatia ou compaixão”.
Quanto aos cuidados paliativos, Jorge Soares deixa o alerta, uma vez que estes não chegam a todos.
O presidente do CNECV afirma que estes chegam apenas a “uma fração pequena de pessoas”.
Nos últimos tempos, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida tem debatido por todo o país as opiniões sobre eutanásia, morte assistida ou a decisão sobre o final da vida.