A ERS analisou a Rede Nacional de Cuidados Continuados e concluiu que falta quase tudo: camas, médicos, enfermeiros e, em especial, utentes. Os valores a pagar pelos internamentos podem “originar iniquidades no acesso dos utentes aos cuidados continuados”, consta no relatório.
A “Avaliação do Acesso dos Utentes aos Cuidados Continuados de Saúde”, um relatório efetuado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e hoje divulgado, demonstrou que a Rede Nacional de Cuidados Continuados continua a funcionar com demasiadas falhas. O documento, que aponta à necessidade de regular as unidades de dia, é bastante crítico com os poucos recursos humanos (médicos e enfermeiros) e materiais (camas), registando que o principal problema acaba por ser a falta de utentes.
Isto porque, de acordo com o relatório, os custos dos internamentos podem estar a condicionar o acesso à rede. A ERS admite que não pode ser descartada “a hipótese de haver constrangimentos no acesso dos utentes às unidades de internamento de média duração e reabilitação e de longa duração e manutenção”.