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Cuba critica posição “reacionária” de Bolsonaro no caso do programa ‘Mais Médicos’

O Presidente de Cuba criticou hoje a posição “reacionária” do Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, e revelou que só não regressaram à ilha 836 dos mais de oito mil profissionais cubanos retirados do programa ‘Mais médicos’.

Miguel Diaz-Canel disse que, quando a 14 de Novembro o seu Governo decidiu não participar mais no programa “Mais Médicos”, estavam a trabalhar 8.471 no Brasil, tendo completado a sua missão 7.635, que representavam mais de 90 por cento do total, sendo que até agora não regressaram 836.

O Presidente cubano sublinhou que o trabalho dos médicos da ilha, em locais de extrema pobreza nas favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e nos 34 distritos especiais indígenas, especialmente na Amazónia, foi amplamente reconhecido por governos federal, estadual e municipal, bem como pela população brasileira.

O líder cubano acrescentou que nos cinco anos de trabalho no programa criado pela ex-Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cerca de 20 mil colaboradores cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes em mais de 3.600 municípios.

Canel Diaz disse que a “posição reacionária” de Jair Bolsonaro “tornou vulnerável parte da população, arriscando a coisa mais preciosa para cada ser humano, a sua saúde e a sua vida”.

Cuba ordenou a 14 de novembro a retirada dos seus médicos no Brasil, após uma declaração do futuro Presidente que qualificou os profissionais cubanos como “escravos” de uma ditadura, questionando igualmente a sua preparação.

Bolsonaro, que assumirá o cargo a 01 de janeiro, é um duro crítico do Governo cubano e dos acordos assinados quando o Partido dos Trabalhadores (PT) estava no poder e que, na sua opinião, terão favorecido e financiado uma ‘ditadura comunista”.

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