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Críticas de Nuno Graciano incendeiam os bombeiros (com vídeo)

Uma mulher que se identifica como “bombeira e mãe” escreveu uma carta aberta a Nuno Graciano. Em causa esteve o comportamento do apresentador durante um incêndio, com a autora do texto a considerar que Nuno Graciano, “num momento de cabeça quente, subtilmente criticou o trabalho dos bombeiros”.

A carta aberta começa com uma questão: o apresentador “estava nervoso e acompanhado pelos seus filhos e outros moradores, alguns deles com dificuldades, que tentavam ajudar-se uns aos outros… Certo… Não faziam mais nada do que a vossa obrigação em ajudarem-se, porque assim se deve viver em sociedade e, caso não saiba, fica a saber a que proteção civil somos todos nós… Questiono, fez o seu papel como protetor civil?”

“Depois, impressionou-se com o tempo que os bombeiros levaram para chegar ao local, estavam noutros locais e não ali, que demoraram a desenrolar mangueiras… Meu querido, os bombeiros não possuem ainda nenhum portal que os teletransporte para todos os pontos que ardem, prontamente equipados para caírem num local e começarem a combater”, lembrou.

Como “bombeira e mãe”, a autora da carta aberta lembrou que os ‘soldados da paz’ “têm que se deslocar nos veículos que não andam a 200 kms/h, o material tem que ser montado e têm que coordenar-se à chegada ao local, para definir estratégias… não são deuses omnipotentes nem omnipresentes!”

“O seu amigo, campeão de vela, que conhece o vento como ninguém, deve ainda saber que o vento é o elemento mais traiçoeiro, mudando constantemente de direção e intensidade e fico feliz pelo seu grande conhecimento não ter resultado no que tomou como certo acontecer, não tendo o fogo chegado a nenhuma casa”, continuava o texto.

“Quanto às suas ultimas palavras, a demora dos bombeiros foi causadora das chamas estarem a por em perigo a sua casa? Não meu querido, o motivo foi porque decerto ou alguém foi negligente ou alguém foi criminoso ao atear as chamas”, argumentou ainda a mulher.

Em jeito de conclusão, esta “bombeira e mãe” admitiu que, por vezes, “os bombeiros falham”, mas se tal acontece é porque “falham a tentar dar o seu melhor por quem não conhecem”, por vezes pagando os erros com as próprias vidas.

“Muitos podem já ter-se esquecido, mas eu não esqueço… Pelo menos duas das corporações que combateram hoje [dia 21] nesse incêndio perderam, cada uma, ainda há bem pouco tempo, um operacional. E, para que tal como hoje, o Nuno pudesse estar com os seus filhos, um desses operacionais era uma mãe, e ela, tal como muitos outros que deixam seus filhos, deixou a sua filha para trás, para ajudar outras famílias! Não sei se se recorda, mas essa mãe não voltou, para ter a sorte que o Nuno vai ter, em ver os seus filhos crescer”, recordou.

“Os bombeiros não precisam que os ponham num pedestal, não precisam que lhes chamem de heróis, precisam sim, que a população os respeite, os ajude e os incentive a continuarem a cumprir, de corpo e alma a missão a que se entregaram”, concluiu esta “bombeiro e mãe”.

Pode ler aqui a carta aberta na íntegra.

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