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Críticas da Ordem dos Médicos sobre lei da prescrição dos genéricos rebatidas pelo Infarmed

As críticas do bastonário da Ordem dos Médicos sobre lei da prescrição dos genéricos foram rebatidas pelo Infarmed. José Manuel Silva associou as mudanças legislativas à proteção de interesses das farmácias. Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento assegura que os medicamentos disponíveis em hospitais e farmácias “têm garantia de qualidade, eficácia e segurança”.

Segundo afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos, os médicos prescrevem genéricos “dentro das marcas comerciais disponíveis, o que é inadmissível”. Pode ser prejudicial para o doente se favoreça uma “troca de genéricos que o médico prescreveu por outra marca na qual o farmacêutico tem interesses comerciais”.

“Esta lei tem o cuidado de não proibir que a substituição na farmácia possa ser feita por um medicamento mais caro do que o prescrito pelo médico. Depois, falaciosamente, vem-se dizer que esta lei é para proteger os doentes. Não é. É para proteger os interesses comerciais dos farmacêuticos”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos.

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento contrapôs e garantiu a qualidade dos fármacos que são disponibilizados em hospitais e farmácias, que apresentam “segurança” e, ao contrário do que defendeu o bastonário da Ordem dos Médicos, não colocam a saúde dos doentes em risco.

Através de um comunicado, o Infarmed sublinhou também a eficácia desses medicamentos. Esta nota surge como reação às palavras do bastonário, que apontou o dedo a alegados interesses ocultos, que visam favorecer as farmácias, através da alteração legislativa à prescrição de genéricos.

José Manuel Silva afirmou, na quarta-feira, que os farmacêuticos poderão “alterar a marca escolhida pelo médico”, apenas tendo como objetivo “servir interesses comerciais”, e não a saúde do doente.

Antes do Infarmed reagir, já a Ordem dos Farmacêuticos respondera, através de Carlos Maurício Barbosa, que instigou José Manuel Silva a denunciar “situações menos claras”.

Este foi mais um capítulo da diferença de visões entre as Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos. José Manuel Silva defendeu, através de uma proposta apresentada ao Ministério da Saúde, a redução do custo dos genéricos. O bastonário não entende porque tarda esta medida.

“Custa-nos entender que interesses estão a impedir que todos os genéricos sejam marcados com o mesmo preço: o mais baixo”, dissera José Manuel Silva. Hoje, o Infarmed veio sublinhar a qualidade de todos os fármacos.

Redação

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