A presidente do CDS-PP exigiu hoje, em Santarém, que o Governo tenha “voz grossa” em Bruxelas para que o primeiro plano do orçamento apresentado sexta-feira pela Comissão Europeia, com um corte de 15 por cento no desenvolvimento rural, “não seja aceite”.
Assunção Cristas visitou hoje a 55.ª Feira Nacional da Agricultura, que decorre até dia 10 no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, declarando a sua “alegria” em voltar ao certame e “ver o empenho” das organizações de agricultores e dos produtores e como a agricultura portuguesa está “cada vez mais sofisticada e mais dinâmica”.
A líder centrista não fugiu ao tema que tem marcado o discurso dos líderes políticos que têm visitado o certame e que foi introduzido sábado, na inauguração, pelo Presidente da República, considerando, também ela, que a primeira proposta de orçamento da Política Agrícola Comum (PAC) para o período 2021 a 2027 tem que ser melhorada.
“As notícias de Bruxelas não são boas, são más. Nem são boas para os agricultores, nem para o Orçamento do Estado, nem para a coesão territorial, nacional e europeia”, disse, sublinhando que o Governo “tem que trabalhar intensamente” nas “muitas rondas negociais” que tem pela frente.
Assunção Cristas afirmou que o seu partido “exige ao Governo” que “não aceite perder nenhum euro de verbas comunitárias para o desenvolvimento rural”, admitindo que, no limite, “chumbe” o orçamento no Conselho Europeu.
Para a presidente do CDS, o plano apresentado sexta-feira, que contempla um corte de 15 por cento nas verbas para o desenvolvimento rural, não pode ser aceite e pediu ao Governo que “trabalhe intensamente” e explique “as especificidades de Portugal” e como o segundo pilar é “muitíssimo importante”.
“É daí que vem a modernização e a sofisticação da nossa agricultura. É por aí que nos tornamos mais competitivos, que podemos ter apoios ao uso eficiente da água, por exemplo, só para falar de um tema que é muito importante quando se pensa em alterações climáticas e secura do clima”, declarou.
Assunção Cristas, que tutelou a pasta da Agricultura no anterior Governo PSD/CDS, frisou que o efeito do corte de 15 por cento no desenvolvimento rural “não é o mesmo” nos diferentes países, sendo “muito mais negativo” em Portugal, porque se, na média europeia, os agricultores recebem 80 por cento no primeiro pilar (ajudas diretas) e 20 por cento no segundo, em Portugal essa proporção é 50 por cento/50 por cento.
“Portanto, um corte de 15 por cento no segundo pilar é muito significativo para a agricultura portuguesa, que não pode ser admitido por Portugal”, disse, frisando que no país há “muito discurso sobre coesão territorial, sobre o interior e a necessidade de dinamizar o interior” e, se aceitar retirar verbas da agricultura, não estará a contribuir para esse desafio.
Cristas pediu ainda ao seu sucessor, Capoulas Santos, para que “dê o exemplo internamente”, descativando as verbas que estão por pagar aos agricultores e pondo “mais dinheiro na agricultura já no atual programa”.
A líder centrista afirmou que estão, neste momento, “16.000 candidaturas paradas sem aprovação e com atraso” e que estão 1,3 mil milhões de euros para pagar de candidaturas já aprovadas e em execução.
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