A Comissão Política Permanente do PSD, o órgão de cúpula do partido, vai reunir-se de urgência, esta segunda-feira, para analisar as declarações ontem proferidas por Paulo Portas. Em declarações ao Diário de Notícias, o vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, foi o primeiro a reagir, qualificando de “inacreditável” a posição assumida pelo líder do CDS.

A reação do PSD às declarações de Paulo Portas, ontem de manhã, fez-se ouvir pelo porta-voz do partido, Jorge Moreira da Silva que, ao final do dia, anunciou para esta segunda-feira, uma reunião de urgência da Comissão Permanente e, para quarta-feira, uma reunião da Comissão Política Nacional.

Segundo o comunicado do PSD, as posições assumidas pelo CDS “não são indiferentes” aos sociais democratas. É sobre este princípio que a Comissão Política do partido analisará a declaração de Portas proferida ontem, na qual assumia ter discordado da proposta de uma descida na Taxa Social Única (TSU) para as empresas com consequente aumento da mesma para os trabalhadores.

Ontem, o líder do CDS assumiu ter tido conhecimento prévio da medida, mas fez questão de realçar que a sua posição sempre foi de discordância. “Se me perguntam se eu soube? Claro que soube. Se me perguntam se eu tive uma opinião diferente. Tive uma opinião diferente. Se me perguntam se eu alertei. Alertei. Se me perguntam se eu defendi que havia outros caminhos. Defendi.”, afirmou Paulo Portas.