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Crise põe em risco continuidade da demolição do Aleixo

Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, garantiu que, apesar da crise, vai arranjar o financiamento necessário para dar seguimento à demolição do bairro do Aleixo. A primeira torre caiu em dezembro do ano passado.

A crise financeira que o país atravessa tem perturbado a continuação da demolição do bairro do Aleixo, no Porto. O principal investidor do Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII) não tem cumprido o contrato.

A Gesfimo, de Vítor Raposo, única participante no concurso público lançado em 2008 para a escolha do parceiro privado do FEII, não subscreveu os 60 por cento de unidades de participação no fundo, levando o capital da FEII a rondar os 2,5 milhões, em vez dos previstos seis milhões.

A responsável pelo quadro concetual que rege o fundo imobiliário, Cecília Anacoreta Correia, em declarações à comunicação social, admitiu que as dificuldades económicas do país na atualidade têm dificultado o acesso da Gesfimo ao crédito necessário para fazer avançar a demolição. Esta situação pode levar ao acionamento da caução apresentada aquando a celebração do contrato, à aplicação de multas ou mesmo à resolução do contrato.

A oposição não se mostra indiferente a esta situação. Na reunião camarária pública, que ocorreu hoje, Manuel Correia Fernandes do Partido Socialista não deixou de referir que “quem vive em bairros de renda apoiada não o faz porque quer” chamando ainda a atenção de Rui Rio para o facto de ter nas suas mãos o futuro destes portuenses.

O socialista considerou “inqualificável a situação em que se encontram os moradores que restam” afirmando que a incerteza do presente pode marcar o destino do bairro.

Também Pedro Carvalho, da CDU, relembrou que o seu partido já havia perguntado “quem financiaria os custos da demolição e a oferta da habitação social”. O comunista advertiu ainda Rui Rio para o facto do tráfico de droga “não se resolver com demolições”, uma vez que, este é um problema que continua presente naquele e noutros bairros.

O presidente da Câmara do Porto reagiu às críticas dos seus opositores considerando que o bairro do Aleixo não está pior do que o que estava, e promete a continuidade da demolição por acreditar que conseguirá o valor necessário para que tal aconteça.

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