A manhã de segunda-feira registou uma forte queda nas bolsas na Europa, em consequência da crise política na Grécia, país que atravessa um impasse na formação de Governo. Aumentam os receios de saída dos helénicos da moeda única, o que se repercute nos mercados. A Bolsa de Atenas perdia 3,78 por cento e a Bolsa de Lisboa acompanhou a tendência, ainda que de modo mais ténue.

A segunda-feira bolsista acordou no vermelho, com uma forte queda provocada pelo cenário político e económico da Grécia, que aumenta os medos dos investidores sobre uma eventual saída dos gregos da Zona Euro.

A Bolsa de Lisboa seguia a tendência de descida, com o PSI 20 a iniciar a sessão em perda, de 0,33 por cento, sendo que as perdas foram acentuadas, às 8h30, para 0,71 por cento.

A empurrar a bolsa portuguesa para o vermelho estava o BES, que no início da manha perdia 3,45 por cento. Galp Energia e Portucel desvalorizaram 1,60 e 1,47 pontos percentuais, respetivamente. Só a Mota-Engil, contrariava a tendência, com uma valorização de 0,54 pontos.

Outras reações do cenário da Grécia era a queda do euro em relação ao dólar. A moeda única manteve a tendência de queda (assinalada desde a passada semana) e atingiu mínimos que não se verificavam há quatro meses, nos mercados asiáticos.

Outro sinal que revela as fragilidades económicas na Zona Euro é a subida dos juros implícitos das dívidas espanhola, portuguesa, grega e italiana. De acordo com a agência Reuters, as subidas verificam-se em todos os prazos.