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Crianças refugiadas: Não há dinheiro para manter o centro, avisa Teresa Morais

criancas refugiadas 210criancas refugiadasAs crianças refugias no centro da Bela Vista poderão ter de procurar refúgio a partir de julho. A presidente do Conselho Português para os Refugiados adianta que “só temos dinheiro para manter o centro até ao fim de junho” e a alternativa, na Bobadela, está lotada há muito.

As 14 crianças que vivem no centro de acolhimento infantil de refugiados da Bela Vista, em Lisboa, poderão ter de procurar refúgio em julho, uma vez que o dinheiro para manter o equipamento está prestes a esgotar-se.

O alerta foi deixado pela presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, que hoje tem-se desdobrado em conversas com vários jornais.

“Só temos dinheiro para manter o centro até ao fim de junho”, afirmou.

A alternativa, o centro de acolhimento de refugiados da Bobadela, não o é: há muito que este espaço se encontra completamente lotado.

O CPR candidatou-se a um subsídio de 100 mil euros, a conceder pela Câmara de Lisboa, mas ainda não obteve resposta. A verba serviria para financiar as atividades e pagar os salários das educadoras.

“Estamos de novo a enfrentar uma situação complicada, uma vez que temos falta de confirmação da aprovação de um projecto importante para a manutenção do centro que provinha da Câmara”, admitiu Teresa Morais.

“Os recursos disponíveis para a manutenção do centro têm sido provenientes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Ministério da Administração Interna e deste fundo do município de Lisboa e neste momento ainda há uma indefinição relativamente à concretização da aprovação deste programa”, complementou.

Sem dinheiro, o centro que este ano já recebeu 43 crianças, entre os 8 e os 17 anos, órfãs ou abandonadas pelas famílias, poderá fechar no final do próximo mês, com consequências imprevisíveis para o futuro dos pequenos utentes.

“Estas crianças são muito frágeis, entram em Portugal fugidas de situações traumáticas, de guerra generalizada, de casas destruídas, até ao dia em que conhecem um homem branco, que lhes dá um passaporte e os traz para a Europa mediante o pagamento da família”, explicou a presidente do CPR.

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