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Crianças podem ir ao funeral, diz o ministro, mas tirar o dia de luto é exagero

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Quanto tempo precisa uma criança para fazer o luto? No Reino Unido, o ministro das Escolas deu indicações aos diretores das escolas para autorizarem as crianças a irem a funerais de familiares próximos, mas não a tirar um dia inteiro. “Qualquer falta é prejudicial”, sustenta Nick Gibb.

Não é só por cá que o ministro da Educação está no meio de uma polémica. No Reino Unido, a opinião do ministro das Escolas (o termo oficial por lá) sobre o luto por parte das crianças é um dos temas do momento.

As escolas estão a receber orientações para que, quando falecer um familiar próximo, a criança seja autorizada a comparecer ao funeral. Porém, Nick Gibb não quer que esse mesmo aluno falte um dia inteiro.

““As regras indicam que não se pode faltar à escola por períodos prolongados, exceto em circunstâncias excecionais. No caso de um funeral ou evento semelhante, cabe ao diretor dar permissão para que a criança compareça, mas não para que tenha uma ‘folga’ prolongada à custa desse funeral ou infortúnio semelhante”, sustentou o governante, numa entrevista a uma estação de rádio.

Na base destas orientações está o pressuposto de que uma ausência das aulas por apenas uma semana tem um forte impacto nas notas dos alunos, salientou Nick Gibb.

“Tivemos de apertar as regras. As regras diziam que não se deviam aproveitar estas circunstâncias excecionais para faltar por um longo período, mas havia a sensação de que os pais tiravam duas semanas para ‘irem passear’ com as crianças”.

“Era algo que estava a aumentar, não estamos a falar só de uma ou duas crianças”, reforçou o ministro das Escolas, referindo que, só no ano letivo em curso, estão contabilizados mais de 500 mil dias perdidos.

Face à polémica, um porta-voz do Ministério já veio esclarecer que cabe a cada diretor analisar o caso e, se tal entender, conceder um ou mais dias para a criança fazer o luto.

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