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Crianças entre vítimas mortais de ataque aéreo perto de um hospital no Iémen

Pelo menos sete pessoas, incluindo quatro crianças, morreram num ataque aéreo ocorrido perto de um hospital no noroeste do Iémen, anunciou hoje a organização não-governamental (ONG) Save the Children.

“Quatro crianças figuram entre as sete pessoas que morreram quando um hospital apoiado pela Save the Children no Iémen foi atingido por um ataque aéreo”, informou a ONG, acrescentando que outras oito pessoas sofreram ferimentos e que outras duas pessoas estão dadas como desaparecidas.

Segundo o relato da organização, um míssil atingiu hoje um posto de gasolina localizado perto da entrada do hospital de Ritaf, a cerca de 100 quilómetros de Saada (noroeste do Iémen).

Funcionários dos serviços de saúde e seguranças também constam entre as vítimas do ataque, informou a Save the Children, que pede “uma investigação urgente sobre esta nova atrocidade”.

“Este hospital é uma das muitas instituições apoiadas pela Save the Children no Iémen que fornecem uma ajuda vital às crianças que vivem no pior lugar da Terra para uma criança”, disse a responsável pela Save the Children Internacional, Helle Thorning-Schmidt.

“Estas crianças têm o direito de estar seguras nos hospitais, escolas e casas. Mas a cada momento testemunhamos uma total falta de respeito por parte de todos os atores envolvidos no conflito no Iémen pelas regras básicas da guerra. As crianças devem ser protegidas”, reforçou a representante.

O Iémen é palco de uma guerra desde 2014, entre os rebeldes conhecidos como huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi.

Desde março de 2015, o governo é apoiado por uma coligação militar internacional árabe, que inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Segundo os números oficiais, cerca de 10.000 pessoas, a maioria civis (9.500), foram mortas e mais de 60.000 ficaram feridas desde o início do conflito no Iémen, mas as ONG estimam que o número de vítimas seja muito maior, algumas admitem um balanço cinco vezes superior.

A ONU tem denunciado que o Iémen vive uma das piores crises humanas no mundo, com vários milhões de iemenitas ameaçados pela fome.

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