Criança recebe transplante de fígado da sua ama
Kiersten Miles, uma ama de 22 anos natural de Nova Jérsia, doou parte de seu fígado para salvar uma menina de 16 meses de uma doença terminal rara.
A ama tinha começado a trabalhar para a família de Talia Rosko, quando a bebé foi diagnosticada com atresia biliar – uma rara doença no fígado. Os médicos disseram a George e Farra Rosko, pais da bebé, que a não ser que Talia recebesse um transplante, provavelmente teria pouco mais do que um ano de vida.
Sete meses depois, os pais da criança continuavam a sua luta desesperada para encontrar um doador e decidiram contratar uma estudante universitária local para tomar conta da criança enquanto eles trabalhavam.
Kiersten disse que se tornou rapidamente ligada a Talia, que na altura tinha apenas nove meses de vida. Em apenas três semanas a baby-sitter decidiu que queria ser testada para descobrir se era um dador compatível com Talia e, assim, poder doar parte do seu fígado.
“No início fiquei chocada e expliquei a Kiersten que um transplante de fígado não é como doar sangue. Era um assunto sério. Aconselhei-a a conversar com os pais e fazer uma pesquisa”, disse Farra, mãe de Talia.
Mas nada ia abalar a decisão de Kiersten que mesmo tendo sido informada que nunca seria capaz de doar parte do seu fígado novamente – mesmo se um dia ela teve um filho na mesma situação e fosse compatível. Mas isso não importava, a ama estava decidida a salvar a bebé.
Após seis meses de testes e de muita burocracia, Kiersten foi levado para o Hospital da Universidade da Pensilvânia. O órgão doado foi-lhe retirado e levado para o outro lado da rua, para o Hospital Infantil da Filadélfia, onde foi colocado em Talia.
“É um pequeno sacrifício quando o comparamos a salvar uma vida. Tudo que eu tinha que fazer era estar no hospital por uma semana e uma cicatriz de 10 centímetros. Em nada se compara este pequeno sacrifício a perder uma vida”.
A operação durou cerca de 14 horas e foi bem sucedida. Os pais de Talia disseram que a bebé recuperou muito rapidamente – e teve mesmo alta em apenas nove dias, quando a média de internamento é de 14 dias.
Por seu lado, Kiersten disse que seus dois primeiros dias de recuperação foram os piores, mas que se sente melhor agora. Ao mesmo tempo espera que a sua história ajude mais pessoas a decidirem-se a tornar doadores de órgãos.