Ciência

Criado um anticorpo para eliminar as placas associadas ao Alzheimer (vídeo)

Um anticorpo ainda a ser testado poderá ser a base do futuro medicamento contra a doença de Alzheimer. Nos ensaios, a molécula aducanumab tem desfeito a maioria das placas de beta-amilóide, a proteína que se acumula no cérebro dos doentes com Alzheimer.

“Estamos otimistas”, adiantam os cientistas: os testes ao anticorpo aducanumab apresentam sinais de que é possível travar o declínio cognitivo provocado pela doença.

“Os resultados do ensaio clínico deixam-nos otimistas de que podemos dar um grande passo em frente no tratamento da doença de Alzheimer. O efeito do anticorpo é impressionante e o resultado depende da dose do fármaco e do período de tratamento do anticorpo”, salientou Roger Nitsch, um dos investigadores envolvidos no trabalho, num comunicado emitido pela Universidade de Zurique (Suíça).

O estudo, que envolve também cientistas da farmacêutica Biogen (de Massachusetts, nos EUA), apurou os efeitos do aducanumab, uma molécula desenvolvida a partir de anticorpos produzidos pelos linfócitos B (umas células do sistema imunitário) quando em presença da beta-amilóide.

Quando o aducanumab se ligou às placas resultantes da acumulação da proteína, passou a funcionar como uma ‘porta’ para o sistema imunitário.

Os voluntários que receberam uma dose maior de anticorpos foram também os que demonstraram um atraso mais notório no declínio cognitivo, segundo realçou o estudo, cujo resumo foi hoje publicado pela revista Nature.

O ensaio prolongou-se por um ano e envolveu 165 pessoas com sintomas iniciais de Alzheimer.

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