Categorias: Nas Notícias

Cresce número de camponeses a adotarem agricultura de conservação em Moçambique

O número de camponeses moçambicanos que adotam a agricultura de conservação para escapar aos efeitos das mudanças climáticas em Moçambique aumentou, disse hoje à Lusa fonte da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

“A seca e a mudança de ciclos de chuvas são realidades cruéis para os camponeses, o que exige deles medidas específicas de adaptação, no contexto das mudanças climáticas, e a agricultura de conservação aparece como resposta” disse Pedro Simpson, assessor técnico da FAO.

Desde 2017, um total de 15 mil camponeses de zonas áridas e semiáridas das províncias de Tete, Manica e Sofala (centro) e Gaza (sul) passaram a usar técnicas de conservação nos seus campos de cultivos.

Estas províncias estão entre as que mais sofrem com os efeitos das calamidades naturais em Moçambique, o que obriga os camponeses, maioritariamente dependentes da agricultura de subsistência, a procurar alternativas para sobreviver.

“Temos de assegurar que as várias tipologias de produtores adotem práticas agrícolas sustentáveis, amigas do ambiente e que não comprometam os recursos que serão necessários para as próximas gerações”, precisou Pedro Simpson.

O responsável da FAO destacou que há menos chuva e água para a agricultura de sequeiro, de que depende a maioria das famílias camponesas moçambicanas, e, por isso, propõe políticas e estratégias para melhorar a produção e garantir a segurança alimentar e nutricional.

Pedro Simpson disse ser necessário aumentar o conhecimento das famílias rurais para alinhar os compromissos nacionais e internacionais de Moçambique.

A FAO vem implementando em Moçambique, desde 2002, o projeto Escolas na Machamba do Camponês, uma iniciativa que já ajudou 150 mil camponeses rurais a praticarem uma agricultura resiliente perante adversidades ecológicas e aumentou consideravelmente a produção familiar.

Moçambique possui uma plataforma nacional de agricultura de conservação, cujo objetivo é incentivar esta prática.

Recentemente, Moçambique aderiu à iniciativa africana, definida em Malabu ( Nigéria), para o alcance até 2025 de 25 milhões de hectares de terra agrícola usados com práticas inteligentes.

A agricultura de conservação consiste num conjunto de práticas que permitem o maneio do solo com a menor alteração possível da sua composição, estrutura e biodiversidade natural.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias

Mover-se (bem) pela saúde do aparelho locomotor

Enveredar pela jornada de perda de peso, quando o objetivo é combater quadros de excesso…

há % dias

Números do Euromilhões: Chave de terça-feira, 14 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 14 de…

há % dias