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Deco sugere medida para travar subida da prestação do crédito à habitação

Deco Proteste lança Carta Aberta para travar subida da prestação do crédito à habitação.

Limitar a subida dos juros a 3% relativamente ao contrato inicial e diferir o capital dos empréstimos. Eis a medida que a Deco propõe, para que os consumidores tenham prestações constantes nos seus créditos de habitação.

Este foi o caminho que a maior organização portuguesa de defesa dos consumidores propõe, numa Carta Aberta ao Governo.

Para a Deco Proteste, a bonificação de juros proposta pelo Governo no pacote Mais Habitação é insuficiente e de difícil obtenção.

Alega a associação de defesa do consumidor que “para aceder à bonificação dos juros é preciso acumular oito critérios bastante apertados”.

Por outro lado, “o valor do apoio é inexpressivo no caso das prestações que aumentaram várias centenas de euros”.

crédito à habitação

Por isso, a Deco interpela diretamente o Governo e os Grupos Parlamentares, “sendo preciso travar a subida das prestações dos créditos à habitação e a contínua asfixia financeira dos portugueses”.

Para as famílias que acionem o travão da prestação, o benefício é imediato. A medida “funcionará como um balão de oxigénio“.

E permitirá que os mesmos possam honrar os compromissos com a estabilização da prestação num valor fixo e por conseguinte previsível para o futuro.

Medida para travar subida da prestação do crédito à habitação

Como funciona a medida proposta pela Deco?

Sempre que a taxa de juro aplicada ao contrato suba 3 por cento acima da que foi contratada no início do empréstimo, passa a ser possível acionar o travão da prestação e mantê-la constante nos meses seguintes.

Assim, ao acionar o travão da prestação, o prazo do empréstimo ajusta-se automaticamente. No entanto, muitas famílias já terão feito renegociação, por esta altura, do alargamento dos contratos até ao limite dos 75 anos de idade do titular.

Para esses casos, a Deco sugere um diferimento de capital, que permitirá manter a prestação constante e adiar o pagamento do capital em falta.

Quando é pago o capital diferido: quando a Euribor começar a descer abaixo do limite de 3%, a prestação mantém-se constante e não refletirá qualquer descida dos juros. Desta forma, as famílias que acionam o travão agora começam, gradualmente, a repor o capital diferido.

Na prática, parte do pagamento de capital é adiado para mais tarde.

Assim, as famílias não são tão prejudicadas neste momento de subida dos juros, mas também não beneficiam tanto de futuras descidas da Euribor.

Nos casos em que o contrato termina ainda com capital diferido acumulado, e não havendo hipótese de outra renegociação, o empréstimo só pode ser liquidado com o pagamento do total em dívida.

Acesso à medida

Uma taxa de esforço superior a 35% é o único requisito de acesso à proposta de travão, abrangendo, assim, um número mais alargado de famílias do que a bonificação de juros aprovada no âmbito do pacote Mais Habitação.

Por último, salienta-se que, da proposta da Deco não resultam quaisquer encargos para o Estado, não estando prevista nenhuma intervenção financeira do sector público.

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