O PSD refutou a teoria do PS de que tenha sido suspenso, especificamente, o grupo de trabalho do crédito à habitação, justificando que em julho não houve tempo para aprovar novas leis, e que em agosto todos os grupos de trabalho são naturalmente suspensos, por ser o período de férias do Parlamento.
O secretário nacional do Partido Socialista (PS), João Ribeiro, afirmou hoje que, pelo facto de a maioria parlamentar PSD/CDS ter suspendido, por decisão unilateral, o grupo de trabalho para o crédito à habitação, mais de 1200 famílias ficariam em risco de perder a casa, “até ao retomar das reuniões do grupo de trabalho”.
Bruno Leitão Amaro, deputado do Partido Social Democrata (PSD), contrapôs, acusando o PS de “falsidades” e de “declarações incendiárias e falsas”. Declarou ainda que, mesmo que as propostas do PS tivessem sido aprovadas em julho (final da sessão legislativa), só em outubro entrariam em vigor.
O deputado social-democrata garante que a suspensão dos trabalhos é extensiva a todo o parlamento, durante o mês de agosto. Diz que, apesar de tudo, há reuniões marcadas para o mês de agosto, pelo que “não há férias para este assunto”, e que em setembro serão apresentadas “propostas melhoradas”.
Leitão Amaro justifica que, com a concordância dos próprios deputados do PS, não houve, em julho, tempo suficiente para avançar com a nova legislação: “Tínhamos 19 projetos de lei e resolução
O PS insiste que, se dependesse apenas dos socialistas, “as famílias portuguesas já teriam estas medidas à sua disposição”, e que “a maioria e o Governo não explicaram porque recuaram ou porque adiaram o grupo de trabalho.”