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Cozinha do Palácio Nacional de Sintra está a ser recuperada

 

Foto: Wilson Pereira

A cozinha do Palácio Nacional de Sintra está a ser recuperada. O espaço é um dos mais emblemáticos do Palácio, sendo nele que se encontram as duas chaminés cónicas que marcam o perfil da vila de Sintra.

A obra tem como principal objetivo minimizar as anomalias específicas do revestimento de azulejo que cobre paredes, vãos, fogões e fornos, rebocos e outros elementos e conta com um investimento de cerca de 35 mil euros.

A intervenção pretende garantir a estabilidade do revestimento azulejar, assim como a sua integridade física e aspeto visual, assegurando a boa conservação do espaço.

Os trabalhos abrangem também o tratamento de outros materiais (cerâmicos não vidrados, pedra e elementos metálicos, e rebocos caiados) que se encontram em contacto direto com os azulejos e que podem ser causadores de efeitos nefastos sobre os mesmos.

A necessidade de intervenção surgiu com a verificação de fortes instabilidades no estado de conservação geral dos painéis de azulejo, que apresentavam também uma débil aderência parcial ao suporte de alvenaria.

Irá manter-se, o mais possível, a essência histórica, limitando-se a substituição de elementos a casos pontuais de degradação extrema, evitando assim a perda de elementos originais.

A obra será dividida em duas fases, para reduzir ao máximo o impacto no percurso dos visitantes, respeitando o conceito “Aberto para obras”, que permite aos visitantes presenciarem de perto os trabalhos de salvaguarda e valorização em curso nos diversos monumentos e parques.

Contextualização histórica

A cozinha, que se ergue do lado nascente do Palácio Nacional de Sintra, foi edificada no âmbito das grandes transformações e alargamentos do Palácio que datam do período de reinado de D. João I (1385-1433), realizadas no primeiro quartel do século XV, e atribuídas ao mestre de pedraria João Garcia de Toledo.

Célebre pelas suas duplas chaminés monumentais, de 33 metros de altura cada, a cozinha foi dimensionada para grandes banquetes de caça. No interior, destacam-se as diversas fornalhas e dois grandes fornos, para além de uma estufa e um trem de cozinha em cobre estanhado, constituído por marmitas, peixeiras, panelas, tachos, caçarolas e frigideiras.

O revestimento das paredes em azulejo branco (finais do século XIX), que cobre praticamente todas as superfícies das cozinhas até aproximadamente 4,30 metros de altura, será contemporâneo da composição com as armas reais de Portugal e de Saboia aqui colocada nos finais do séc. XIX, pertencente à rainha Dona Maria Pia, a última soberana a habitar o Palácio.

Prevê-se que a obra esteja terminada durante o primeiro semestre de 2016.

 

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