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“Costa é um dos mais brilhantes táticos que conheci na política”

Basílio Horta, fundador do CDS que foi eleito presidente da Câmara de Sintra como candidato do PS, declarou-se rendido ao “brilhantismo tático” do primeiro-ministro, o socialista António Costa.

O elogio surgiu quando o autarca, que adiou para maio a decisão de se candidatar a um terceiro mandato em Sintra, comentava o recente diferendo entre Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República, a propósito dos diplomas sobre os apoios sociais.

Após ter destacado a “inteligência pura” do chefe de Estado, Basílio Horta defendeu que Costa respondeu “de maneira elegante” às declarações de Marcelo.

“Eu achei graça, porque o primeiro-ministro é outra pessoa também com grande capacidade de adaptação aos problemas e de resolvê-los. É um tático brilhantíssimo, o nosso primeiro-ministro, um dos mais brilhantes táticos que eu conheci na minha vida política e que já é longa. Respondeu de uma maneira elegante. Porque o problema não é jurídico efetivamente, é político”, sustentou.

Ao dizer que a mensagem de Marcelo era “criativa”, o primeiro-ministro soube resguardar-se para tempos futuros, sabendo que a história dita que um Presidente da República é sempre mais interventivo no segundo mandato.

“Eu conheço o professor Marcelo Rebelo de Sousa há mais de 40 anos. E, portanto, fazer previsões sobre o doutor Marcelo Rebelo de Sousa nem a pitonisa de Delfos, se fosse viva, poderia fazer. É uma pessoa de uma inteligência brilhante e com uma grande capacidade de adaptação aos problemas que surgem. E faz sempre isso com uma grande inteligência”, considerou o autarca de Sintra, em entrevista ao Diário de Notícias.

“Agora, há uma coisa que digo: o professor Marcelo Rebelo de Sousa é uma pessoa de princípios. Não vai aproveitar o segundo mandato para atacar o governo sem motivos. Estou perfeitamente convencido de que aquilo que ele fala, que é a solidariedade institucional, ele manterá. Agora, tomará as decisões que em cada momento entenda. Olhe, por exemplo, agora com a lei-travão que promulgou. O problema não é jurídico, é político, obviamente. Esta é uma decisão típica dele”, finalizou Basílio Horta.

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