Economia

Costa diz que PIB de 2,1% significa segundo ano de convergência com a União Europeia

O primeiro-ministro desvalorizou hoje o facto de se ter registado um aumento do PIB de 2,1 por cento, abaixo da meta de 2,3 por cento do Governo, preferindo sublinhar que este é o segundo ano consecutivo de convergência com a União Europeia.

“Há um crescimento da economia de 2,1 por cento e o que significa é que 2018 foi o segundo ano, desde que aderimos ao euro, em que crescemos mais do que média da União Europeia. Temos de trabalhar para que esses dois anos não tenham sido uma exceção, mas os primeiros dois anos de uma década continuada de convergência com a União Europeia”, disse António Costa.

Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB português aumentou 2,1 por cento em 2018, menos 0,7 pontos percentuais do que o observado no ano anterior.

De acordo com o INE, “esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do investimento”.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita a uma fábrica da Siemens em Corroios, no Seixal, o primeiro-ministro António Costa, além de sublinhar os dois anos de convergência com a União Europeia, lembrou que os analistas internacionais têm sinalizado um abrandamento global da economia.

Mas apesar disso, Costa defendeu também que “isso não projeta necessariamente da mesma forma na nossa economia”, porque o país não entrou em recessão.

“Não parámos de crescer, continuámos a crescer”, disse António Costa no final da visita à fábrica que hoje anunciou hoje a intenção de contratar mais 102 trabalhadores para aumentar a produção de quadros elétricos de 2.000 para 3.200 por ano.

“Apesar do abrandamento da economia internacional, temos aqui uma empresa que está a aumentar a sua produção em 60 por cento, para poder aumentar as suas exportações de 85 por cento para 92 por cento, está a contratar mais cerca de 100 funcionários para trabalharem só nesta unidade e está a investir mais 25 milhões de euros e a contratar 300 engenheiros para alargar os seus centros de competência em matéria digital”, disse.

Para António Costa: “as empresas continuam a investir, a confiar que vão aumentar as exportações e esse é o maior sinal de confiança que podemos ter”.

Durante a visita, António Costa fez um elogio rasgado ao investimento alemão em Portugal e afirmou-se convicto de que o exemplo da fábrica da Siemens em Corroios representa, também, um sinal de confiança na economia portuguesa e no país.

Segundo o presidente executivo da Siemens Portugal, Pedro Pires de Miranda, a fábrica da Siemens em Corroios produz quadros elétricos de baixa tensão de grande qualidade, para setores críticos e para grandes empresas que não podem correr o risco de ter quebras de energia.

Pedro Pires de Miranda salientou ainda o facto de os quadros elétricos produzidos em Corroios terem o selo de qualidade `made in Europe´, que, segundo disse, “é uma referência para as grandes empresas que não querem arriscar ter paragens no fornecimento de energia às suas instalações, por falhas técnicas”.

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